quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Barulho na Floresta



Em conversa com Joana D'Arc Valente Santana, advogada e ativista dos Direitos Humanos no Acre, fui informada que está sendo criado no Estado o Movimento de Direitos Humanos das Mulheres Indígenas do Acre.

A princípio, Joana pouco falou sobre o assunto, disse apenas que em breve esse Movimento apresentará à sociedade uma realidade muito diferenta da divulgada nos meios de comunicação. Há etnias que estão enfrentado graves problemas.

De antemão: O que Joana me adiantou , além da criação do Movimento de Mulheres Indígenas foi que ainda este semestre deverá ocorrer um Fórum que reunirá todas as lideranças indígenas.

O Fórum contará com a participação de representantes de cerca de 10 etnias.

"Preparem-se que grandes fatos virão à tonas nesses eventos. Fatos que são
escondidos da sociedade e que por isso, vão causar choque", declarou Joana.

Foto: Selmo Melo

Carnaval tranquilo ou desanimado?

Os jornais acrianos publicaram que o Carnaval popular realizado no estacionamento do Estádio Arena da Floresta foi tranquilo.

Particularmente, discordo!

Na minha visão, crítica, achei esse carnaval o mais devagar de todos.

Atribuo tal desânimo popular a alguns fatores, mas vejam bem, eu atribuo, não quero dizer que esses sejam os reais fatores causadores do desânimo. Alguns podem achar que é culpa da crise econômica mundial, mas eu acredito que a escolha do local, as restrições e a escolha de bandas e repertório influenciou e muito no desânimo.

Fui ao município de Senador Guiomard e pude constatar "in loco" que o Carnaval popular realizado nas ruas do município fez bastante sucesso, ao contrário do que presenciamos na Capital.

Aqui em Rio Branco ouvi dizer que as restrições seriam para evitar tumultos no Arena, mas em Senador Guiomard as restrições eram poucas e o carnaval transcorreu de maneira muito tranquila, segura e alegre.

Os foliões que foram até lá certamente não se arrependeram. A festa era de fato CARNAVAL.

Vi muitos moradores de Rio Branco no município do "Quinarí" que diziam está decepcionado com o carnaval da Capital.

Alguns queixavam-se das eternas marchinhas: "Alí na Arena só toca música desanimada", outros queixavam-se dos preços praticados na praça de alimentação: "As bebidas estão muito caras e as comidas também" e outros, das imposições: "Quando o carnaval era na Gameleira, nós podíamos levar nosso isopor com nossas próprias bebidas e ainda tinhamos o Rio Acre como companheiro", disse um folião.

Como já passamos a quina carnavalesca e as cinzas também, fica a esperança de que no próximo carnaval a comemoração seja bem melhor.

Mas antes de concluir o post quero deixar bem explícito que tiro o chapéu para os colegas jornalistas que participaram das transmissões pelas TV's. Todos foram heróis porque naquela ocasião era preciso "tirar leite de pedra" para conseguir algo de bom.

Quanto a escolha do "reinado": como diria a personagem de Arlete Sales em Toma lá, da cá: "Prefiro não comentar".

Mas o recado do povo foi dado e quem ganhou nessa história foi o prefeito James Gomes (PSDB) e o deputado Zé Carlos (PTN) que estão diretamente envolvidos com o sucesso do Carnaval do Quinarí e que foram muito bem "divulgados" na festa do interior.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mera semelhança



A gente trabalha, mas também se diverte muito. A prova disso está aí.


A idéia da foto foi da nossa fotográfa Débora Mangrich quando passávamos na Avenida Brasil, em frente a obra do Centro de Atendimento ao Cidadão, também conhecido como Oca.


A Débora sugeriu que ficassemos diante de cada bonequinho que está desenhado nos tapumes e dessemos as mãos. O detalhe é que isso aconteceu por volta das 11 da manhã, ou seja, o centro estava bombando! Mesmo assim, nós topamos pagar esse mico bacana e nos divertimos muito, claro.

Essa foto é em homenagem o slogam "Para Todos", pois a Débora encontrou um representante de cada um do trio (rsrs).

Foto: by Débora Mancrich

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O hit


Eis aqui o “hit” (católico) que promete ser sensação este ano no carnaval de Salvador. A música é de autoria da cantora Jake. Ela inclusive apareceu no Band Folia do sábado, 21, cantando a música.

Confiram a letra da música Pó para com o pó

Pó pará com pó
Pó pará com pó aê

Estraga tua vida
Não faz isso não

Tua juventude vai pro beleléu
Tem outra saída para diversão

Eu quero mais, eu quero mais meu lugar é o céu
Você tem que tomar uma overdose de Jesus

Injetar na veia o sangue que correu na cruz
Você tem que tomar uma overdose de alegria

Shekinah doidão, doidão
Se liga, se liga
(Foto: Divulgação)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

"Cegos"


Fiz um material hoje no qual falo sobre o número de eleitores analfabetos no Acre. Fiquei assustada com os números que o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou sobre o Acre.

De acordo com TSE, no Acre existem 67.993 eleitores analfabetos, esse quantitativo representa 15.34% do total de eleitores do Estado, que na última eleição ultrapassou os duzentos mil eleitores.

Já imaginaram mais de 67 mil pessoas “cegas”, sim, cegas porque eu não me imagino sem saber ler ou escrever. Essas simples palavras aqui não seriam possíveis se eu não soubesse ler. (Credo!)

Pra mim, isso é uma realidade assustadora e a culpa não é apenas do poder público, mas é de cada cidadão que tem um amigo ou parente que não sabe ler ou escrever e que não faz nada para mudar essa triste realidade.

Eu já fiz uma matéria, no tempo da faculdade, sobre o MOVA (Movimento de Alfabetização para Adultos), ouvi um relato que disse que um senhor ficou muito feliz no dia que pode ler uma placa, ou pode simplesmente entrar em um ônibus sem perguntar a outras pessoas que ônibus era aquele.

Me lembro que na minha infância, quando aprendi a ler morava em Porto Velho (RO), deixava a minha mãe louca porque lia cada plaquinha que passávamos perto.

Agora ao pesquisar para fazer esse material sobre o número de analfabetos, estou meio pasma. Talvez esse percentual seja uma dos motivos para que certos políticos sejam eleitos no Acre.

Muita gente fala em voto de revolta, mas na verdade tem gente que vota sem nem saber o que é dever de um parlamentar.

Ah, o Jordão nessa história conquistou mais um ranking, o de município com maior número de analfabetos 41.18%.

Espero que até 2010, quando o Acre será o melhor lugar para se viver na Amazônia, isso mude...Temos mais dois anos para mudar essa realidade.

Mas enquanto isso, pulem carnaval, falem da Copa de 2014 e sobre as chances do Acre ser a sede verde. Mas não esqueçam da sede que o povo tem de ter acesso a INCLUSÃO SOCIAL.
(Foto: Débora Mangrich)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A henna


Precisei fazer um material sobre os riscos que as pessoas correm ao fazer uma tatuagem de henna, a procura por um estúdio que oferecesse esse tipo de tatuagem foi um pouco mais longa que o esperado por mim e pela Débora - fotográfa da Tribuna -, mas como dizem que quem tem boca vai à Roma, foi isso que fizemos, saímos perguntado se as pessoas sabiam aonde poderíamos encontrar um estúdio de tattoos.

A busca cessou quando entrei na loja de uma colega, a Karina, e uma de suas funcionárias me disse que na ladeira da maternidade existiam dois estúdios, um bem próximo ao outro.

Fomos em busca de um dos estúdios e achamos, mas não tinha ninguém no local que estivesse fazendo uma tattoo de henna. E agora?!? Minha matéria precisava de uma foto e para salvar o material eu mesma me habilitei a fazer a tattoo.

Por sorte, ganhei a tattoo de cortesia do Daí, o tatuador que fez a hena no meu pulso. Quis pagar, que isso fique bem claro, mas o tatuador não aceitou. Foi bem gentil o rapaz.

Débora Mangrich sugeriu que a tattoo de henna fosse no pulso do lado esquerdo, por um motivo bem especial, é ao lado esquerdo está o coração.


Fiz a henna e gostei muito. Hoje, essa estrela tem um significado todo especial, estou passando por uma fase na qual eu preciso mesmo de uma estrela-guia!!!

(Foto Débora Mangrich)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Pela porta da frente

Estão contando por aí que um reeducando que deveria cumprir 28 anos de prisão saiu pela porta da frente de um certo presídio.

Segundo informações, o próprio diretor deste presídio teria permitido saída por não ter feito seu trabalho com a devida atenção.

A história, pelo que contam, ocorreu assim: Um detento com nome de Levy (com Y) recebeu alvará de soltura, mas outro detento chamado Daniel é que saiu no lugar dele.

De acordo com a fonte que me repassou a história, o tal Daniel foi tão descarado na hora de fugir pela porta da frente que grafou o nome de Levy errado, ao invés de escrever o nome com Y escreveu com I, mas mesmo assim, o erro do detento passou sem ser notado pela direção do presídio.

E a história não acaba por aí, a fonte diz que, para não ficar feio para a penitenciária, pediram que Levy "assumisse" que ele vendeu o alvará de soltura para Daniel.

Em resumo: Levy que era para ser solto está preso e mais enrroaldo com a Justiça e Daniel, que deveria cumprir mais 28 anos de prisão está por aí, sabe Deus fazendo o quê.

Coisa de novela, não é ?!