segunda-feira, 2 de março de 2009

Ela não perdoa


A dengue está em todos os lugares, TODOS mesmo. A mãe da jornalista Charlene Carvalho foi vítima do mosquito, a esposa do jornalista Luís Carlos Moreira Jorge, também foi vítima do aedes e ainda há pouco, soube que a dengue não perdoou nem mesmo o diretor do Pronto Socorro de Rio Branco, Marivan Nobre.

O diretor do PS está acamado por causa do tão falado mosquito da dengue, o aedes.

Aqui em Rio Branco agora é assim, quando alguém diz: “Estou doente”, logo em seguida vem à pergunta ”É dengue ou virose?”, parece que só há duas opções para motivos de doença na cidade, mas o melhor das perguntas sobre doenças, veem depois: “Ah, melhor que seja virose que não mata, porque a dengue mata!”.

Pois é, por isso meus caros, cuidem dos seus quadrados...para que a dengue não se alastre cada vez mais.

Água parada, nem pensar.

Foto: Selmo Melo

Palheiras fenomenais


Há alguns dias noto que árvores do tipo palheira estão “surgindo” em locais bem específicos no Parque da Maternidade.

Ao que tudo indica há palheiras no Acre que não gostam de outdoors, mas “essas palheiras acharam uma boa maneira para darem um recado e começaram a “surgir”, sutilmente, diante dos outdoors que estão ao longo do Parque da Maternidade.

A primeira vez que notei esse “fenômeno” foi num local próximo à rotatória que liga a Travessa Campo do Rio Branco (Rua da Urgil) à ladeira da Capoeira. De repente, naquele local apareceram umas palmeiras, até grandinhas, diante dos outdoors, só para impedir a visão das propagandas que ficam as placas gigantes.

Depois, notei que elas haviam tomado gosto pelo protesto contra a placas gigantes e foram “aparecer” diante dos outdoors que ficam na ladeira da Rua Marechal Theodoro, bem próximo ao posto Auto Parque (mesmo endereço da Diesel Pub).

Pode parecer implicância minha, mas não é, a foto tirada pela minha amiga e fotografa Débora Mangrich comprova isso.

Após analisar tal “fenômeno” tirei minhas próprias conclusões: As palheiras acrianas, na falta de uma legislação contra poluição visual e para não causar chateações aos empresários do ramo de divulgação de empresas, acharam um meio bem discreto para fazerem valer a vontade delas.

Espertinhas essas palheiras, não?!?

Fotos: Débora Mangrich

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Barulho na Floresta



Em conversa com Joana D'Arc Valente Santana, advogada e ativista dos Direitos Humanos no Acre, fui informada que está sendo criado no Estado o Movimento de Direitos Humanos das Mulheres Indígenas do Acre.

A princípio, Joana pouco falou sobre o assunto, disse apenas que em breve esse Movimento apresentará à sociedade uma realidade muito diferenta da divulgada nos meios de comunicação. Há etnias que estão enfrentado graves problemas.

De antemão: O que Joana me adiantou , além da criação do Movimento de Mulheres Indígenas foi que ainda este semestre deverá ocorrer um Fórum que reunirá todas as lideranças indígenas.

O Fórum contará com a participação de representantes de cerca de 10 etnias.

"Preparem-se que grandes fatos virão à tonas nesses eventos. Fatos que são
escondidos da sociedade e que por isso, vão causar choque", declarou Joana.

Foto: Selmo Melo

Carnaval tranquilo ou desanimado?

Os jornais acrianos publicaram que o Carnaval popular realizado no estacionamento do Estádio Arena da Floresta foi tranquilo.

Particularmente, discordo!

Na minha visão, crítica, achei esse carnaval o mais devagar de todos.

Atribuo tal desânimo popular a alguns fatores, mas vejam bem, eu atribuo, não quero dizer que esses sejam os reais fatores causadores do desânimo. Alguns podem achar que é culpa da crise econômica mundial, mas eu acredito que a escolha do local, as restrições e a escolha de bandas e repertório influenciou e muito no desânimo.

Fui ao município de Senador Guiomard e pude constatar "in loco" que o Carnaval popular realizado nas ruas do município fez bastante sucesso, ao contrário do que presenciamos na Capital.

Aqui em Rio Branco ouvi dizer que as restrições seriam para evitar tumultos no Arena, mas em Senador Guiomard as restrições eram poucas e o carnaval transcorreu de maneira muito tranquila, segura e alegre.

Os foliões que foram até lá certamente não se arrependeram. A festa era de fato CARNAVAL.

Vi muitos moradores de Rio Branco no município do "Quinarí" que diziam está decepcionado com o carnaval da Capital.

Alguns queixavam-se das eternas marchinhas: "Alí na Arena só toca música desanimada", outros queixavam-se dos preços praticados na praça de alimentação: "As bebidas estão muito caras e as comidas também" e outros, das imposições: "Quando o carnaval era na Gameleira, nós podíamos levar nosso isopor com nossas próprias bebidas e ainda tinhamos o Rio Acre como companheiro", disse um folião.

Como já passamos a quina carnavalesca e as cinzas também, fica a esperança de que no próximo carnaval a comemoração seja bem melhor.

Mas antes de concluir o post quero deixar bem explícito que tiro o chapéu para os colegas jornalistas que participaram das transmissões pelas TV's. Todos foram heróis porque naquela ocasião era preciso "tirar leite de pedra" para conseguir algo de bom.

Quanto a escolha do "reinado": como diria a personagem de Arlete Sales em Toma lá, da cá: "Prefiro não comentar".

Mas o recado do povo foi dado e quem ganhou nessa história foi o prefeito James Gomes (PSDB) e o deputado Zé Carlos (PTN) que estão diretamente envolvidos com o sucesso do Carnaval do Quinarí e que foram muito bem "divulgados" na festa do interior.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Mera semelhança



A gente trabalha, mas também se diverte muito. A prova disso está aí.


A idéia da foto foi da nossa fotográfa Débora Mangrich quando passávamos na Avenida Brasil, em frente a obra do Centro de Atendimento ao Cidadão, também conhecido como Oca.


A Débora sugeriu que ficassemos diante de cada bonequinho que está desenhado nos tapumes e dessemos as mãos. O detalhe é que isso aconteceu por volta das 11 da manhã, ou seja, o centro estava bombando! Mesmo assim, nós topamos pagar esse mico bacana e nos divertimos muito, claro.

Essa foto é em homenagem o slogam "Para Todos", pois a Débora encontrou um representante de cada um do trio (rsrs).

Foto: by Débora Mancrich

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O hit


Eis aqui o “hit” (católico) que promete ser sensação este ano no carnaval de Salvador. A música é de autoria da cantora Jake. Ela inclusive apareceu no Band Folia do sábado, 21, cantando a música.

Confiram a letra da música Pó para com o pó

Pó pará com pó
Pó pará com pó aê

Estraga tua vida
Não faz isso não

Tua juventude vai pro beleléu
Tem outra saída para diversão

Eu quero mais, eu quero mais meu lugar é o céu
Você tem que tomar uma overdose de Jesus

Injetar na veia o sangue que correu na cruz
Você tem que tomar uma overdose de alegria

Shekinah doidão, doidão
Se liga, se liga
(Foto: Divulgação)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

"Cegos"


Fiz um material hoje no qual falo sobre o número de eleitores analfabetos no Acre. Fiquei assustada com os números que o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou sobre o Acre.

De acordo com TSE, no Acre existem 67.993 eleitores analfabetos, esse quantitativo representa 15.34% do total de eleitores do Estado, que na última eleição ultrapassou os duzentos mil eleitores.

Já imaginaram mais de 67 mil pessoas “cegas”, sim, cegas porque eu não me imagino sem saber ler ou escrever. Essas simples palavras aqui não seriam possíveis se eu não soubesse ler. (Credo!)

Pra mim, isso é uma realidade assustadora e a culpa não é apenas do poder público, mas é de cada cidadão que tem um amigo ou parente que não sabe ler ou escrever e que não faz nada para mudar essa triste realidade.

Eu já fiz uma matéria, no tempo da faculdade, sobre o MOVA (Movimento de Alfabetização para Adultos), ouvi um relato que disse que um senhor ficou muito feliz no dia que pode ler uma placa, ou pode simplesmente entrar em um ônibus sem perguntar a outras pessoas que ônibus era aquele.

Me lembro que na minha infância, quando aprendi a ler morava em Porto Velho (RO), deixava a minha mãe louca porque lia cada plaquinha que passávamos perto.

Agora ao pesquisar para fazer esse material sobre o número de analfabetos, estou meio pasma. Talvez esse percentual seja uma dos motivos para que certos políticos sejam eleitos no Acre.

Muita gente fala em voto de revolta, mas na verdade tem gente que vota sem nem saber o que é dever de um parlamentar.

Ah, o Jordão nessa história conquistou mais um ranking, o de município com maior número de analfabetos 41.18%.

Espero que até 2010, quando o Acre será o melhor lugar para se viver na Amazônia, isso mude...Temos mais dois anos para mudar essa realidade.

Mas enquanto isso, pulem carnaval, falem da Copa de 2014 e sobre as chances do Acre ser a sede verde. Mas não esqueçam da sede que o povo tem de ter acesso a INCLUSÃO SOCIAL.
(Foto: Débora Mangrich)