terça-feira, 8 de setembro de 2009
Saí demarcação de terras dos Apolima-Araras
O ministro da Justiça, Tarso Genro, comunicou no início da noite desta terça-feira, ao senador Tião Viana (PT-AC), a assinatura da portaria de demarcação da terra indígena dos Apolima-Arara, índios do Vale do Juruá que estavam ocupando a Funai em Rio Branco até a semana. Os indigenas acamparam no local para pedir urgência na demarcação das terras.
Segundo os Apolima-Arara, o local está sendo explorado de maneira desmedida, comprometendo a preservação do local.
A assinatura da portaria atendeu o pedido que teria sido feito pelo senador Tião Viana.
Os Apolima-Arara reivindicam há 12 anos a demarcação de suas terras que estão localizada ao longo do rio Amônia, no município de Marechal Thamaturgo. No local vivem 32 famílias.
*Com informações da assessoria do Senador Tião Viana
Nota do blog:
Recebi a informação que o Ministério Público Federal (MPF) foi o principal responsável pelo pedido de demarcação das terras indigenas dos Apolima-Araras.
Então, que a Justiça seja feita, foi o MPF que fez a recomendação ao Ministério da Justiça.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Metade
Oswaldo Montenegro
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Essa não
"A previsão da RBTRANS é que quatro outros binários sejam implantados até dezembro, envolvendo os bairros Bosque, Cerâmica, José Augusto e Estação Experimental. (...) O projeto prevê ainda a transformação em sentido único das travessas A. S. Filho e Júlio Cezar (Cerâmica), ruas Major Visconde de Mauá e Estácio de Sá (Bosque); ruas Latorre e cel. Sebastião Dantas (Estação Experimental). a matéria assianda por Andréia Oliveira,", diz a matéria, que é assinada por Andréia Oliveira.
A minha dúvida surgiu na mesma hora em que li o material porque eu sou uma das moradoras da Rua Estácio de Sá, que fica no José Augusto e não no Bosque. O problema principal é que a referida rua, local onde moro há mais de 4 anos, é sem saída.
Sim, SEM SAÍDA!
Então, alguém pode me explicar como eu e as outras pessoas que transitam naquela área vão fazer caso essa rua venha a se torna, de fato, uma rua com mão única?
Ficou a seguinte questão an minha cabeça: Das duas opções, uma: Ou eu vou pra casa sempre a pé ( O que é impossível);
Ou sempre que precisar ir de carro ou moto terei que entrar na rua de ré.
É por essas e outras que eu questiono: De onde vem os engenheiros de trânsito do Acre?
De onde eles tiram essas idéias "geniais"?
Ah, e alguns dos meus vizinhos já prometem uma ação no MPE (rsrs)...
Vamos ver aonde vai dá isso.
Confira a matéria no site da Agência de Notícias do Acre http://www.agencia.ac.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=10276&Itemid=26
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Aprovado em concurso da Polícia Civil questiona demora para nomeação
O candidato, que preferiu não se identificar, contou em entrevista exclusiva ao jornal A TRIBUNA que, após quase dois meses do término do curso de formação, o governo estadual ainda não divulgou a data em que os aprovados serão empossados.
Segundo o candidato, a justificativa dada pelo governo estadual para a demora da posse dos aprovados foi o fato de outros candidatos terem impetrado mandados de segurança.
“Justificam com o pequeno probleminha dos dois ou três mandados de segurança, mas isso não é empecilho para o concurso. Em todos os estados do Brasil, têm mandados de segurança, nem por isso os concursos ficam travados. Vários concursos que saíram bem depois do nosso foram concluídos e os candidatos devidamente empossados, como é o caso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), delegados de São Paulo, delegados de Goiás e outros”, ressaltou.
Gastos sem retorno
O aprovado no certame é natural de outro Estado e, por isso, precisou deixar o emprego que tinha na cidade onde residia para vir ao Acre participar do curso de formação. Ele conta que, enquanto fazia o curso e recebia uma Bolsa-Auxílio, pode se manter no Acre, mas no final do curso precisou voltar para a cidade onde mora atualmente, porque não tinha como ele manter a esposa no Acre. A última bolsa foi paga em julho.
“Gastei algo em torno de R$ 15 mil só em passagens aéreas. Moro há mais de três mil quilômetros de distância do Acre. Fui ao Acre umas sete ou oito vezes. Desde março de 2008, os aprovados estão viajando e é um vai e volta, até que concluímos o concurso de formação. Foi um investimento monstruoso. Quando soube que fui aprovado no concurso, aluguei uma casa e paguei três meses de aluguel, mas não utilizei o imóvel. Também gastei com a compra de móveis”, contou o entrevistado.
Segurança em risco
O aprovado no certame revelou que decidiu entrar em contato com A TRIBUNA após ler a matéria População em pânico, que falava sobre o avanço da violência no Estado. A reportagem foi publicada no último domingo.
Segundo o entrevistado, a demora na convocação dos aprovados ajuda no crescimento dos índices de violência registrados no Acre. O candidato ressalta que os aprovados querem trabalhar auxiliando na redução do número de crimes que ocorrem na região
“Fiz o apelo para vocês, pois a imprensa é a nossa única esperança para poder questionar o governo sobre nossa situação e, principalmente, a situação da população acriana, que está sofrendo com a falta de solução nos crimes de qe está sendo vítima. Hoje, o Estado tem cerca de 40 delegados. O Acre é Estado que tem menos delegados de polícia do Brasil”, declara.
Plano de segurança
Segundo informações extraoficiais, na próxima semana, o governo do Estado deve anunciar um plano de segurança. Com o anúncio do plano de segurança, seria divulgada também a data da posse dos candidatos aprovados no concurso da Polícia Civil, promovido pela Secretaria de Gestão Administrativa (SGA).
A reportagem da TRIBUNA tentou entrar em contato com a secretária adjunta da SGA, Núria Merched Guerreiro, para falar sobre o assunto, mas foi informada que ela estava participando de uma reunião.
O Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe-UnB) divulgou nesta quarta-feira, dia 2, o resultado final do concurso.
Para o candidato entrevistado pela TRIBUNA, mesmo que a SGA anuncie a convocação dos aprovados na próxima semana, a posse dele e dos demais demoraria um pouco a acontecer.
“Acho até meio difícil, pois tem a entrega de documentos, a maioria dos delegados e peritos é de outros estados e, com certeza, caso resolvam agilizar, terão de dar um tempo maior para o pessoal chegar ao Acre”, ressaltou.
O certame
No final de 2007, foi anunciado o concurso que oferecia vagas para os cargos de delegado (33 vagas), perito criminal (14 vagas) e escrivão (66 vagas) da Polícia Civil.
A remuneração anunciada na época para os cargos de delegado e perito criminal era de R$ 5.874 e R$ 3.210. O cargo de delegado exigiu graduação em direito. Já as vagas de perito eram destinadas a candidatos que possuíssem qualquer curso de nível superior ou graduados nas áreas específicas de análise de sistemas, biologia, bioquímica, engenharia civil, engenharia elétrica, engenharia florestal, engenharia mecânica, medicina veterinária e química. A SGA informava que os candidatos a todos os cargos da Polícia Civil deveriam ter carteira de habilitação na categoria mínima AB.
Por: Nayanne Santana
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
O gosto azedo da mesmice
"A asnice representada pelas ideias feitasé a ‘verdadeira imoralidade’, disse Flaubert.E acrescentou: ‘O diabo é só isso’. Se Flaubert está certo – e ele está –, o Brasil é o inferno. O verdadeiro inferno"
Ali Kamel é o Flaubert do lulismo. Flaubert? Gustave Flaubert? Ele mesmo. No Dicionário das Ideias Feitas, publicado postumamente como um adendo ao seu último romance, Bouvard e Pécuchet, Flaubert reuniu, em ordem alfabética, os lugares-comuns mais idiotas difundidos na Terceira República francesa. Ali Kamel, no Dicionário Lula, cumpriu uma tarefa semelhante. Com o rigor e com a imparcialidade de um dicionarista, ele sistematizou o pensamento de Lula, destrinchando os lugares-comuns por meio dos quais ele se comunica.
O bronco retratado e ridicularizado por Flaubert no Dicionário das Ideias Feitas orgulha-se de papagaiar platitudes sobre praticamente todos os assuntos, da pobreza à dor de dente, da imprensa à gramática. Lula é igual. Sobre a pobreza: "Somente quem passou fome sabe o que é a fome". Sobre a dor de dente: "Somente quem já teve dor de dente sabe o que é uma dor de dente". Sobre a imprensa: "Só tem notícia negativa". Sobre a gramática: "Daqui a pouco vou falar en passant. Para quem tomou posse falando ‘menas laranja’, está chique demais".
Na última semana, fazendo propaganda do ProUni, Lula repetiu a blague sobre o fato de falar "menas laranja". A blague sobre o fato de falar en passant também já foi repetida outras vezes nestes sete anos. Quantas vezes? Uma? Duas? Nada disso. De acordo com Ali Kamel, em seu prefácio, foram catorze vezes no período pesquisado para compor o Dicionário Lula. O repertório presidencial é minguado. E Lula repisa enfadonhamente os mesmos episódios, os mesmos comentários, as mesmas tiradas, conferindo um gosto azedo a esse fim de mandato – o gosto azedo de um governo que já caducou.
Há um aspecto desolador na obra de Ali Kamel: em 669 páginas de discursos e pronunciamentos, Lula mostra-se incapaz de articular uma única ideia minimamente elaborada sobre o Brasil e os brasileiros. Ao analisar o país, ele sempre recorre às imagens mais ordinárias com as quais somos caracterizados. "Deus fez duas coisas com o Brasil: deu uma natureza de beleza incomparável e um povo maravilhoso, ordeiro e generoso." Ou: "A beleza do Brasil está na nossa mistura, que produziu este povo de múltipla cor, alegre". As banalidades proferidas por Lula refletem os métodos primários e grosseiros empregados por ele para conduzir o governo. Pior ainda: elas refletem a mesquinhez de seu projeto político.
A asnice representada pelas ideias feitas é a "verdadeira imoralidade", disse Flaubert. E acrescentou: "O diabo é só isso". Se Flaubert está certo – e ele está –, o Brasil é o inferno. O verdadeiro inferno.
Fonte: Revista Veja
sábado, 29 de agosto de 2009
NYT: Marina Silva é 'criança da Amazônia' que abala o Brasil
O artigo também destaca que Marina "abalou a política brasileira" ao anunciar sua saída do Partido dos Trabalhadores (PT) e sua filiação ao Partido Verde (PV), no qual poderá ser candidata à Presidência em 2010, e que sua história, "de uma mulher humilde que superou a pobreza extrema e a doença para se tornar uma das maiores forças da política brasileira", poderia ser "uma inspiração para o povo brasileiro em sua busca por um presidente para substituir" Luiz Inácio Lula da Silva.
O jornal afirma que, "se esta mulher vencer, a história será feita", lembrando que o Brasil nunca teve uma presidente mulher e, ainda, com "origens negras".
O artigo do jornalista Alexei Barrionuevo narra a história de Marina, nascida na cidade de Bagaço, no interior do Acre, suas atividades como seringueira ao lado do pai e dos irmãos, e a hepatite que a atingiu seriamente quando tinha 16 anos e que a levou a buscar cuidados médicos na capital do Estado, Rio Branco.
O texto afirma, no entanto, que o passado de Marina com sérios problemas de saúde - além da hepatite, malária e contaminação com metais pesados -, poderia ser usado contra ela pelos adversários políticos em uma provável candidatura presidencial. O artigo destaca ainda o fato de que Marina perdeu a mãe com 11 anos de idade e duas irmãs mais novas por problemas de saúde relacionados a doenças como sarampo e malária.
O artigo conta também a juventude de Marina em Rio Branco, onde cursou a faculdade de História e começou a militar no movimento ambientalista da Amazônia ao lado do sindicalista Chico Mendes, assassinado em 1988.
Para o NY Times, sob o comando de Marina enquanto ministra do Meio Ambiente de Lula desde 2003, o Brasil "engendrou um plano nacional de combate ao desmatamento e criou reservas indígenas do tamanho do Texas". O artigo também cita dados que mostram a queda dos índices de desmatamento entre 2004 e 2007. Marina deixou o cargo de ministra em maio de 2008.
Texto: Redação Terra
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Meu Amor, Minha Flor, Minha Menina
Meu amor, minha flor, minha menina,
Solidão não cura com aspirina
Tanto que eu queria o teu amor
Vem me trazer calor, fervor, fervura
Me vestir do terno da ternura
Sexo também é bom negócio
O melhor da vida é isso e ócio
Isso e ócio
Minha cara, minha Carolina
A saudade ainda vai bater no teto
Até um canalha precisa de afeto
Dor não cura com penicilina
Meu amor, minha flor, minha menina
Tanto que eu queria o teu amor
Tanto amor em mim como um quebranto
Tanto amor em mim, em ti nem tanto
Minha cora, minha coralina
mais que um goiás de amor carrego
destino de violeiro cego
Há mais solidão no aeroporto
Que num quarto de hotel barato
Antes o atrito que o contrato
Telefone não basta ao desejo
O que mais invejo é o que não vejo
O céu é azul, o mar também
Se bem que o mar as vezes muda,
Não suporto livros de auto-ajuda
Vem me ajudar, me dá seu bem
Meu amor, minha flor, minha menina
Tanto que eu queria o teu amor
Tanto amor em mim como um quebranto
Tanto amor em mim, em ti nem tanto