Eu nunca duvidei que tivesse medo de muitas coisas.
Na infância eu tinha medo do escuro, de tempestades, principalmente as que vinham com raios e trovões. Tive medo do bicho-papão e medo da Cuca.
Na adolescência tive medo de não fazer as escolhas certas na vida. Achava que todas as decisões seriam para sempre. Aos poucos descobri que o “pra sempre” não existe.
Também na adolescência tive medo da depressão, achei que esse “mal do século” ia por fim a tudo.
Os anos foram passando e fui adquirindo outros medos. Ao se aproximar a fase adulta temi a morte, temi a solidão, temi por ter dificuldades para gerar filhos.
Mas nos últimos tempos descobri que eu tenho medo de encarar certas coisas por simples receio de não me impor.
Ouvindo Lenine cantar Miedo com Julieta Venegas tive certeza de quais são meus medos na fase adulta.
Ter “medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo” me fez ver que sou tão frágil diante de uma infinidade de coisas e o pior, permito que eu me boicote, sem pudores.
Isso pode fazer com que posteriormente eu sofra com o “medo de se amargurar pelo que não se fez”.
E por isso, “o medo é a medida da indecisão”.
sábado, 12 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Nós lemos jornais diferentes
Nos últimos dias o governador do Acre, Arnóbio Marques, o Binho, disse por duas vezes que a polícia do Estado prende mesmo.
Mas, aqui pra nós, acho que ele está com a demanda de serviço maior do que supunha ou então, a polícia “dele” está pouco atuante porque em menos de 24 horas três lojas localizadas em áreas nobres da cidade foram assaltadas.
E os assaltantes demonstraram ter requinte, pois uma loja é especializada em roupa feminina de boas marcas, outra em lingeries e a terceira, em camisas oficiais de times nacionais.
Não sei se as pessoas que moram no Acre, principalmente em Rio Branco, notaram, mas nos últimos dias têm crescido consideravelmente o número de assaltos na capital acreana.
A ousadia é tamanha que no início da semana dois homens assaltaram um posto de combustível, renderam os frentistas, roubaram o dinheiro e fugiram a pé.
Na semana os alvos foram uma farmácia e outro posto de combustível. Os dois estabelecimentos ficam a menos de 500 metros um da outro.
Mas, eu ainda quero acreditar que a polícia do Acre prende mesmo.
O problema é que até hoje eu e a sociedade acreana ainda aguardamos a solução do caso Fabrício, que está desaparecido há mais de oitenta dias e ninguém justificou nada. Diz o governador que o caso está sim solucionado porque há seis acusados presos. Mas, até agora ninguém disse o que aconteceu ao estudante de 16 anos que desapareceu em março.
Acho que tem algo errado. Ou eu abro jornais de outro Estado ou o Binho ignora a realidade do Acre.
A conclusão que eu pude chegar é que nós lemos jornais diferentes.
Mas, aqui pra nós, acho que ele está com a demanda de serviço maior do que supunha ou então, a polícia “dele” está pouco atuante porque em menos de 24 horas três lojas localizadas em áreas nobres da cidade foram assaltadas.
E os assaltantes demonstraram ter requinte, pois uma loja é especializada em roupa feminina de boas marcas, outra em lingeries e a terceira, em camisas oficiais de times nacionais.
Não sei se as pessoas que moram no Acre, principalmente em Rio Branco, notaram, mas nos últimos dias têm crescido consideravelmente o número de assaltos na capital acreana.
A ousadia é tamanha que no início da semana dois homens assaltaram um posto de combustível, renderam os frentistas, roubaram o dinheiro e fugiram a pé.
Na semana os alvos foram uma farmácia e outro posto de combustível. Os dois estabelecimentos ficam a menos de 500 metros um da outro.
Mas, eu ainda quero acreditar que a polícia do Acre prende mesmo.
O problema é que até hoje eu e a sociedade acreana ainda aguardamos a solução do caso Fabrício, que está desaparecido há mais de oitenta dias e ninguém justificou nada. Diz o governador que o caso está sim solucionado porque há seis acusados presos. Mas, até agora ninguém disse o que aconteceu ao estudante de 16 anos que desapareceu em março.
Acho que tem algo errado. Ou eu abro jornais de outro Estado ou o Binho ignora a realidade do Acre.
A conclusão que eu pude chegar é que nós lemos jornais diferentes.
sábado, 5 de junho de 2010
Flagra na Via Verde
sábado, 22 de maio de 2010
A Era do Rádio e a Era do Twitter
Em outubro de 1938 o radialista Orson Welles apresentava, na rádio americana CBS, o programa "A Guerra dos Mundos. A edição daquela noite que os americanos celebram o dia das bruxas, o programa de Welles encenava a invasão de marcianos aos Estados Unidos.
O realismo da encenação no programa da rádio CBS era tamanho que uma onda de pânico tomou conta do País, quando o locutor anunciou: "Atenção senhoras e senhores ouvintes, os marcianos estão invadindo a Terra..."
Há relatos de que muita gente ‘surtou’ com a afirmação do locutor. Uns saíram às ruas descontrolados, outros tentaram suicídio. Foi um Deus nos acuda e tudo isso aconteceu porque o radialista não tinha idéia da comoção que o rádio causara na população.
Mas, então você me pergunta: O que isso tem a ver comigo, com o Twitter? Pois eu explico.
Dias atrás foi o maior auê no Twitter dos acreanos. Tudo ocasionado por causa da história que a cantora inglesa Lilly Alen estava no Acre.
Com o passar do dia foram surgindo fotos e comentários que comprovavam que a cantora internacional estava no Acre.
No final da tarde, os funcionários de uma emissora de TV local twittaram que tinham feito uma entrevista exclusiva com Lilly Alen. Pronto, a twittada causou a maior comoção na rede social e rendeu vários retwittes e a história ficou fora de controle.
Nada daquilo era esperado pelas pessoas que trabalhavam naquela emissora de TV local e que decidiram tirar uma brincadeira com a história de que uma cantora internacional estava em terras tão longínquas de sua Europa.
A brincadeira tomou uma proporção tão grande que emissoras internacionais entraram em contato com a produção da TV para saber informações sobre a suposta entrevista exclusiva.
Sabe-se que não houve má-fé por parte do pessoal da TV. Acredito que eles mesmos não tinham idéia do que a brincadeira poderia causar o do tanto que ela poderia repercutir.
Mas voltando a linha de raciocínio: juntem os dois episódios: o de 1938 e o de 2010. Entre uma história e outra há 72 anos de diferença, mas um ponto em comum: a velocidade que uma notícia tomou e as proporções inesperadas.
A CBS teve que parar a transmissão tamanha foi a confusão na época que transmitiu a “Guerra dos Mundos”. Os funcionários da emissora local que falaram sobre a cantora Lilly Alen também precisaram twittar que tudo não passou de uma brincadeira, mas aí a história da entrevista exclusiva estava fora de controle.
Desses dois episódios podemos concluir que: Estamos na era da instantaneidade. A era em que a informação é sem fronteiras e isso deixa um alerta porque faz com que todos, sem exceção, sejam comunicadores de alguma forma.
Por isso, é preciso ter cuidado ao divulgar qualquer tipo de informação. Nunca sabemos à proporção que elas podem tomar. Como dizem por aí “A palavra dita não volta atrás”.
O realismo da encenação no programa da rádio CBS era tamanho que uma onda de pânico tomou conta do País, quando o locutor anunciou: "Atenção senhoras e senhores ouvintes, os marcianos estão invadindo a Terra..."
Há relatos de que muita gente ‘surtou’ com a afirmação do locutor. Uns saíram às ruas descontrolados, outros tentaram suicídio. Foi um Deus nos acuda e tudo isso aconteceu porque o radialista não tinha idéia da comoção que o rádio causara na população.
Mas, então você me pergunta: O que isso tem a ver comigo, com o Twitter? Pois eu explico.
Dias atrás foi o maior auê no Twitter dos acreanos. Tudo ocasionado por causa da história que a cantora inglesa Lilly Alen estava no Acre.
Com o passar do dia foram surgindo fotos e comentários que comprovavam que a cantora internacional estava no Acre.
No final da tarde, os funcionários de uma emissora de TV local twittaram que tinham feito uma entrevista exclusiva com Lilly Alen. Pronto, a twittada causou a maior comoção na rede social e rendeu vários retwittes e a história ficou fora de controle.
Nada daquilo era esperado pelas pessoas que trabalhavam naquela emissora de TV local e que decidiram tirar uma brincadeira com a história de que uma cantora internacional estava em terras tão longínquas de sua Europa.
A brincadeira tomou uma proporção tão grande que emissoras internacionais entraram em contato com a produção da TV para saber informações sobre a suposta entrevista exclusiva.
Sabe-se que não houve má-fé por parte do pessoal da TV. Acredito que eles mesmos não tinham idéia do que a brincadeira poderia causar o do tanto que ela poderia repercutir.
Mas voltando a linha de raciocínio: juntem os dois episódios: o de 1938 e o de 2010. Entre uma história e outra há 72 anos de diferença, mas um ponto em comum: a velocidade que uma notícia tomou e as proporções inesperadas.
A CBS teve que parar a transmissão tamanha foi a confusão na época que transmitiu a “Guerra dos Mundos”. Os funcionários da emissora local que falaram sobre a cantora Lilly Alen também precisaram twittar que tudo não passou de uma brincadeira, mas aí a história da entrevista exclusiva estava fora de controle.
Desses dois episódios podemos concluir que: Estamos na era da instantaneidade. A era em que a informação é sem fronteiras e isso deixa um alerta porque faz com que todos, sem exceção, sejam comunicadores de alguma forma.
Por isso, é preciso ter cuidado ao divulgar qualquer tipo de informação. Nunca sabemos à proporção que elas podem tomar. Como dizem por aí “A palavra dita não volta atrás”.
sábado, 8 de maio de 2010
A medida do amor
Que bom seria se todos compreendessem, sem causar sofrimentos, que o amor exige uma dosagem única.
O amor não pode ser em exagero, mas também não pode ser tímido.
Os amantes não devem viver colados um ao outro. Não é indicado que seja um casal siamês, ou seja, aqueles que não se largam, que só saem um na companhia do outro, que fazem programas com o itinerário de sempre.
Mas os amantes também não devem ser tão independentes um do outro, daqueles que só se encontram na cama, no sexo.
Há de se ter um mistério entre os amantes. É importante que haja a liberdade e os prazeres a sós ou apenas com aquele grupo de amigos. Aquela saída de happy hour entre amigos deverá sempre ser preservado, para ambos. Direitos iguais.
Isso torna a relação muito saudável e ainda faz com que o casal tenha coisas interessantes para conversar, ter pontos de vistas para discutir e ainda, faz com que a relação tenha um temperinho especial que traz a saudade da pessoa amada que teve um dia longe de quem ama.
Na teoria, todos sabem que uma boa relação se baseia na confiança, mas sabe-se Deus porque motivos alguns casais se esquecem disso e partem para aquele tipo de relação que os telefones celulares tornaram ainda mais complicadas.
Se não souber o seu amor ele corre o risco de virar um veneno!
O amor não pode ser em exagero, mas também não pode ser tímido.
Os amantes não devem viver colados um ao outro. Não é indicado que seja um casal siamês, ou seja, aqueles que não se largam, que só saem um na companhia do outro, que fazem programas com o itinerário de sempre.
Mas os amantes também não devem ser tão independentes um do outro, daqueles que só se encontram na cama, no sexo.
Há de se ter um mistério entre os amantes. É importante que haja a liberdade e os prazeres a sós ou apenas com aquele grupo de amigos. Aquela saída de happy hour entre amigos deverá sempre ser preservado, para ambos. Direitos iguais.
Isso torna a relação muito saudável e ainda faz com que o casal tenha coisas interessantes para conversar, ter pontos de vistas para discutir e ainda, faz com que a relação tenha um temperinho especial que traz a saudade da pessoa amada que teve um dia longe de quem ama.
Na teoria, todos sabem que uma boa relação se baseia na confiança, mas sabe-se Deus porque motivos alguns casais se esquecem disso e partem para aquele tipo de relação que os telefones celulares tornaram ainda mais complicadas.
Se não souber o seu amor ele corre o risco de virar um veneno!
terça-feira, 20 de abril de 2010
Amor em doses homeopáticas

Nota: Descobri que o texto abaixo é da autora: Marla Queiroz, depois que ela me enviou um comentário aqui no blog.
É muito comum casais caírem na rotina após a sensação plena de segurança, de conquista definitiva. O que muita gente esquece é que amor também precisa de alimento. E alimentar uma história, assim como estudar, trabalhar e evoluir profissionalmente requer exercício diário e investimentos que não podem se afogar na tão proclamada “falta de tempo”.
Falta de tempo, no fundo, é falta de organização, e quando o tempo é escasso as pessoas resolvem o que elas acham que é mais importante, então por que depois de buscar tanto um amor e encontrá-lo, ele deixa de ser prioridade?
Existem várias maneiras de demonstrar afeto em meio a um dia turbulento. Você leva menos de um minuto pra digitar um SMS e não vai perder tanto tempo respondendo a um e-mail afetuoso no final do seu expediente.
Presentes fora de datas comemorativas, uma besteirinha qualquer, um bilhete na cabeceira da cama... Coisas que todos gostam de receber, mas se esquecem de dar. E pra quem gosta de dar e acha importante receber, é muito injusta a acusação da falta de compreensão por parte do outro!
Responsabilidades demais, todos temos, a forma como cada um administra sua vida é que faz a diferença na qualidade do seu namoro. Não é preciso esperar a relação entrar em crise pra querer reagir e se manifestar. Assim como numa empresa, o ideal seria prever e se prevenir. Muita coisa se desarmoniza desnecessariamente, até porque uma pessoa bem-sucedida profissionalmente, se ainda tiver um amor como abrigo no final de cada dia cansativo, vai enfrentar seus desafios no dia seguinte com muito mais vigor e alegria.
Se o amor tantas vezes é casa e aconchego, porque deixar que seu lar se desarrume a ponto de você e o outro não sentirem mais prazer em morar lá?
Nota: Recebi esse texto de uma amiga e decidi compartilhar com os meus poucos leitores.
domingo, 18 de abril de 2010
O mais-que-perfeito
Vinicius de Moraes
Ah, quem me dera ir-me
Contigo agora
Para um horizonte firme
(Comum, embora...)
Ah, quem me dera ir-me!
Ah, quem me dera amar-te
Sem mais ciúmes
De alguém em algum lugar
Que não presumes...
Ah, quem me dera amar-te!
Ah, quem me dera ver-te
Sempre a meu lado
Sem precisar dizer-te
Jamais: cuidado...
Ah, quem me dera ver-te!
Ah, quem me dera ter-te
Como um lugar
Plantado num chão verde
Para eu morar-te
Morar-te até morrer-te...
Montevidéu, 01.11.1958
in Para viver um grande amor (crônicas e poemas)
in Poesia completa e prosa: "A lua de Montevidéu"
in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"
Ah, quem me dera ir-me
Contigo agora
Para um horizonte firme
(Comum, embora...)
Ah, quem me dera ir-me!
Ah, quem me dera amar-te
Sem mais ciúmes
De alguém em algum lugar
Que não presumes...
Ah, quem me dera amar-te!
Ah, quem me dera ver-te
Sempre a meu lado
Sem precisar dizer-te
Jamais: cuidado...
Ah, quem me dera ver-te!
Ah, quem me dera ter-te
Como um lugar
Plantado num chão verde
Para eu morar-te
Morar-te até morrer-te...
Montevidéu, 01.11.1958
in Para viver um grande amor (crônicas e poemas)
in Poesia completa e prosa: "A lua de Montevidéu"
in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"
Assinar:
Postagens (Atom)