quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O alimento da alma

Meu post de hoje surgiu de uma maneira inusitada. Como estou sem a fonte do meu notebook e a bateria dele acabou há dias o post foi redigido num bloco de anotações que estava largado lá pelo meu quarto e “surgiu” diante de mim quando bateu aquela vontade de escrever – algo que chamo de inspiração -.

Nesta postagem decidi falar sobre as mudanças que aos poucos estou determinado para a minha vida pacata.

Creio que esse desejo surgiu aos poucos, motivado por conselhos que recebi de pessoas que eu tenho muito apreço e carinho. Lidar com outras realidades também foi fundamental para que esse desejo surgisse.

Há dias me vi com uma vontade gritante de voltar a estudar e deixar um pouco de lado meu vício por internet. Não acho que televisão e internet são mídias que “emburrecem”, mas sei que se nos acomodamos corremos um sério risco e eu notei que este não é meu propósito.

Notei que fazia certo tempo que não mexia na pilha de livros que estão na minha estante a espera da minha leitura. Contei pelo menos uns oito títulos que fui presenteada e não li. No máximo passei os olhos pela capa e por algumas páginas.

A situação me incomodou e decidi que estava na hora de voltar aos velhos e bons hábitos de antes: ler e estudar.

Comecei a ler de fato o livro que é autobiografia de Samuel Wainer – presente dado pelo amigo Archibaldo Antunes -. Uma leitura fascinante e envolvente.

O amigo e jornalista Archibaldo foi muito feliz ao me presentear com esse livro e acho que ele e nem as outras pessoas que eu tenho profundo respeito poderiam imaginar o quanto seria benéfico para esta jovem jornalista ter ouvido bons conselhos.

Tudo isso reascendeu a minha vontade de voltar ao mundo dos pensamentos construtivos e estudos.

Pouco depois me lembrei de uma entrevista do jornalista William Bonner no programa da também jornalista Marília Gabriela.

Na ocasião Bonner aconselhou os acadêmicos e jovens jornalistas a sempre buscarem conhecimentos, principalmente sobre história, língua pátria e afirmou que é importante ter sede por conhecimento.

Depois de tudo isso não precisava de mais nada a não ser voltar a ler como fazia antes e tratar logo de reduzir a lista de livros em atraso.

Aos poucos quero retomar bons hábitos: a leitura, que acredito ser um dos alimentos da alma, é um desses hábitos.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Enfim, 2010!

Depois de longa temporada de férias, estou de volta. Se isso é bom ou ruim, só Deus sabe!

No período de férias conheci lugares incríveis, revi amigos, conheci pessoas com histórias muito bacanas e tive certeza do quanto Deus caprichou nas belezas naturais deste país.

Enfim, mas as férias terminaram e eu estou de volta ao trabalho.

Dizem que o ano começa quando termina o Carnaval. Então, mãos a obra senhores!
Esse promete ser um ano quente em ambos os sentidos: muito calor e muita baixaria deve vir por aí, afinal, temos eleições para presidente, governador, senadores, deputados federais e deputados estaduais.

O Acre é um Estado ótimo para esse tipo de eleições. Aqui os jornalistas falam sobre situação nas entrelinhas,a oposição não se acerta e uns queimam aos outros, faltam bons argumentos para convencer o eleitor e ainda veremos na propaganda eleitoral gratuita: Obrigado por receber na sua casa ou Desculpe por invadir a sua casa...Cenário bom.

Contudo, antes das eleições teremos Copa do Mundo e aquela expectativa de “A taça é nossa”.

Desde pequena essa é a única época em que eu me importo com futebol e assisto a todos os jogos do Brasil, todos mesmo.

Acho engraçado porque é uma época em que todos ficam mais patrióticos e um tanto abobalhados. Falam com meio mundo, mesmo sem conhecer. Os bêbados são as melhores figuras, as crianças se divertem com a leveza dos adultos. Nessa época até aquela tia mala consegue sorrir e ser menos implicante.

Ah, não posso esquecer-me das vestimentas. Tudo muito atípico. Muito verde e amarelo e a dica é: quanto mais chamativo, melhor!

Bom, em ano com tantas atividades pode-se dizer que 2010 nem começou e já, já termina. Portanto, o que nos resta é aproveitar, nos divertir com o que vier e não custa nada fazer aquela mandinga (rs) para o Brasil emplacar mais um título mundial e claro, que os eleitores tentem votar num candidato que possa realmente nos representar com dignidade.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Férias

Aos poucos, mas queridíssimos leitores deste blog informou que devo passar alguns dias sem postar comentários por aqui.

Parto para as minhas (sonhadas) férias neste sábado.
Espero voltar com muitas histórias bacanas na bagagem.

Enquanto isso....

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sem despedidas

Texto dedicado a minha amiga Debora Mangrich

“As amizades não conhecem a despedida.

Elas podem se entreter com a distância, mas não se apegam.

Sabem que a hora da saudade faz parte, mas agarram-se aos momentos bons e dão risadas.

Tenho poucos amigos, mas você está nesse grupo.

Os poucos que valem muito. Um valor inestimável.

Sem despedidas, fico com a Canção da América de Milton Nascimento"


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A sensatez que me ensinou

Não imaginei que meus comentários no meu Twitter e o texto que postei aqui seriam tão polêmicos, mas me serviram como lição.

Uma das pessoas responsáveis por me fazer refletir sobre tudo que disse e escrevi com relação à morte de Magaiver, foi o colega e jornalista Tião Vitor, editor-chefe do jornal Página 20.

A sensatez de Tião com relação a esse fato me fez vez que fui um tanto imatura e precipitada ao julgar sem medidas aquela criatura que matou e estuprou uma criança de apenas dois anos de idade.

As palavras de Tião Vitor me remeteram a uma realidade que está estampada em nossa cara o tempo inteiro e nem por isso, eu dediquei um tempo a essa realidade para demonstrar minha indignação aqui neste blog ou sequer, no meu Twitter. Coisas simples e que destroem a vida de muitas pessoas como a corrupção, a fome e a miséria.

O jornalista me lembrou os ensinamentos que eu tive ainda criança com uma tia que partiu há cinco anos, minha querida tia França Leite Ferreira. Ela militou durante anos nas causas em defesa de mulheres, professores e principalmente, lutou em favor das minorias.

Serei eternamente grata as palavras sábias do colega jornalista. Palavras que por alguns minutos me levaram para uma sala numa casa no bairro Bosque, onde eu me via sentada ao lado da minha tia que chorava ao assistir o Jornal Nacional mostrando uma reportagem sobre crianças que estavam morrendo a míngua por causa da desnutrição, na Somália (África). Naquele momento tia França, muito carinhosa, me olhou e disse:

“Minha princesa, nós somos um pouco culpados por isso. Nós marginalizamos o mundo e inocentes morrem enquanto ficamos sentados apenas emitindo opiniões e, não fazemos absolutamente nada. Isso acontece porque somos egoístas e olhamos apenas para o nosso próprio umbigo. Tente não ser assim”

No dia que eu escrevi o texto eu esqueci de tentar não ser assim. Falhei, errei e pior, me mostrei uma pessoa muito primitiva ao me deixar levar por instintos.

Não sou a favor da morte de seres vivos, não sou favorável a destruição da dignidade humana e tão pouco serei a favor de grupos de extermínio que fazem Justiça com as próprias mãos, julgando-se donos da verdade suprema. Não.

Sou a favor de Justiça, de direitos igualitários e principalmente, sou a favor da vida.

Claro que minha tia França cometeu erros ao longo da vida terrena dela, mas os erros se tornaram menores diante do coração e do trabalho que ela tinha. E Tião me trouxe um pouco da sabedoria daquela historiadora que eu amo profundamente.

Neste espaço torno público meus sinceros agradecimentos meu caro Tião Vitor.

Não estou na defesa de Magaiver, mas não sou dona da verdade suprema. Deixo a Justiça aos homens que na Terra são responsáveis por representá-la e estudam para isso e por fim, deixo a Justiça para Deus que sabe dar a melhor sentença a cada um de nós.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Repercussão e Reação

A postagem anterior gerou boas reações.

O deputado estadual Moisés Diniz (PC do B) reproduziu a postagem "Desabafo de uma cidadã" no blog Ecos Socialistas.

Segue abaixo o que o parlamengtar apurou sobre o velório de Magaiver Silva, o monstro que matou uma criança de dois anos. Ele foi velado numa escola pública no município de Sena Madureira.

"Não tem explicação esse ato, foi uma agressão à inocência e à dignidade humana. Mesmo que não se possa fazer nada administrativamente contra ela, essa diretora precisa saber que cometeu uma falha ética imperdoável.


Não tem explicação um estuprador ser velado numa escola pública. Isso foi uma ação isolada de uma diretora, uma ofensa à criança estuprada e morta e à sua família, uma agressão ao bom senso.

Conversei com os dirigentes da Secretaria de Educação e eles ficaram consternados com a notícia. Acho que essa diretora está procurando sarna para se coçar.

Fica o meu repúdio!"

Nota do blog
:

Espero que essa diretora tenha um boa noite de sono ao deitar a cabeça no travesseiro lembre-se que cedeu um local decente para o velório de um monstro.

Espero ainda que alguém tome alguma atitude e que essa diretora responda, pelo menos, a um processo administrativo e que isso siga no currículo dela para sempre.

Desabafo de uma cidadã

Preferia que a minha primeira postagem de 2010 fosse sobre uma coisa boa, que trouxesse boas notícias, porém, para minha tristeza essa postagem vem carregada de indignação.

Ao ler a matéria no site Agazeta.net informando que o tal Magaiver dos Santos, que estuprou e matou uma menina de apenas dois anos de idade, está sendo velado numa escola pública, o primeiro sentimento que tive foi de revolta.

Me pergunto como pode alguém do poder público ter autorizado que o velório de um monstro como esse, que tirou a vida de um ser inocente de uma maneira tão brutal, acontecesse numa escola pública?

Posso parecer radical, mas um monstro desse não merece nada que venha do poder público, que é mantido com a verba que sai do meu bolso e do seu bolso, caro leitor.

Quanto aos familiares que dizem que querem a investigação sobre a morte desse monstro, sou sincera ao dizer com veemência que eu não quero ver o dinheiro dos impostos que eu pago sendo gasto com um mostro réu confesso.

Nessa hora, na minha opinião, nem mesmo os Direitos Humanos deveriam atuar em favor desse tal Magaiver Souza, tendo em vista que o nome já diz “Direitos Humanos”, ou seja, que pode ser aplicado a um ser racional e humano. Contudo, esses adjetivos que não cabem ao monstro que estuprou uma criança de três anos e depois tirou a vida dela.

A sociedade não pode ficar calada diante de tantos absurdos.

Os poderes precisam ter mais firmeza ao lidar com pedófilos e estupradores. Do contrário, esses monstros vão achar que são bonzinhos, bem vistos, impunes e vão sair por aí fazendo mais vítimas inocentes.

Agora, me pergunto: Se esse anormal tivesse estuprado e matado a filha de alguma autoridade ou de alguém influente nesse Estado, será que ele estaria sendo velado numa escola? Será que alguém ia perder tempo investigando quem matou ele?

Espero como cidadã e mulher ver mais sensatez por parte da Justiça nesse caso e nos outros casos relacionados a pedófilos.