sábado, 14 de novembro de 2009

Os dois anos da minha primeira filha

Minha primeira filha completa dois anos neste mês. Foi uma gestação complicada, um parto difícil. Três cirurgiões a analisavam, mas no final deu tudo certo. Saí da sala de cirurgia uma mãe realizada.

Não foi fácil escrever a minha monografia, mas fui feliz nas minhas escolhas. O orientador foi o professor Paulo Sérgio, as auxiliares de pesquisa foram a Letícia Mamed e a Márcia Nemetala, amiga inseparável que esteve presente nos momentos de maior angústia.

Dois anos depois revelo que particularmente me orgulho da minha obra, embora saiba que cometi excessos.

Para aqueles que não sabem meu tema foi algo que está no auge no Acre: O Esquadrão da Morte. Abordei o trabalho da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça no combate ao Esquadrão da Morte no período de 1997 a 1999.

Foram meses de pesquisas em livros, clipping e muita leitura sobre como deve atuar uma assessoria. Teve a fase das entrevistas e a pior delas, a fase de colocar tudo de acordo com as normas da ABNT.

Tive dias de total desespero. Passava horas diante do computador, na minha concepção eu havia digitado um livro, mas quando eu olhava o computador informava que eu havia digitado duas laudas.

Algumas vezes eu achei que não conseguiria, chorava sozinha diante do computador, rezava, pedia a Deus que me desse uma luz.

Na reta final veio a luz que eu tanto pedi a Deus. Consegui entregar a monografia na data programada. Apresentei no tempo exigido e tirei nota 9,8.

Minha platéia me elogiou pelo desempenho, embora soubessem do meu medo.
Hoje, olho para esse livro de capa vermelha e letras douradas com certo orgulho.

Para quem lê esse texto isso pode parecer bobagem, mas que faz uma monografia sabe o que eu estou dizendo.

Aos meus amigos que estão nessa caminhada de parir uma monografia deixo um recado: Embora haja sofrimento, o parto recompensa. Vê o filho pronto em nossas mãos é um prêmio melhor do que qualquer nota e saber que nós o fizemos é impagável.

*Dedico essas palavras ao meu amigo Marcos Venícios que assim como eu sofre para colocar seu filho no mundo monográfico.

Kombi Branca

Esse clipe foi gravado na BR 364, no trecho de Sena Madureira.
Acredito que essa pode ser a nossa versão da "Stephany e seu Cross Fox".