sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Na próxima semana acontece segunda fase de julgamento do caso Baiano

Texto: Gilberto Lobo

A segunda parte do caso Baiano será realizada nesta segunda-feira, dia 9. Serão submetidos a júri popular os réus Pedro Pascoal Duarte Pinheiro, Aureliano Pascoal Duarte Pinheiro e Amaraldo Uchoa Pinheiro.

Eles foram denunciados e pronunciados com Hildebrando Pascoal Nogueira Neto, Adão Libório de Albuquerque, Alex Fernandes Barros. Tais acusados são suspeitos de terem assassinato o mecânico Agílson Santos Firmino, o Baiano, em julho de 1996.

No dia 12 de novembro, será o julgamento no qual Pedro Pascoal é acusado pelo assassinato de Wilder Firmino, filho de Agílson Firmino, também ocorrido em julho de 1996. Conforme laudo de exumação, Baiano teve seus membros superiores e inferiores amputados por motosserra, sofreu golpes de facas e foi alvejado com diversos disparos de arma de fogo.

E, como no julgamento de Hildebrando Pascoal, uma equipe de repórteres e de cinegrafistas da TV Justiça fará a cobertura do júri. A TV Justiça será responsável pela captação de todas as imagens no interior do Tribunal do Júri e responsabilizar-se-á por repassar o conteúdo a todos os veículos de comunicação que tiverem interesse, como já divulgado pela assessoria do Tribunal de Justiça.

O acusado Pedro Pascoal apresentou-se na Vara do Tribunal do Júri no mês passado e foi comunicado sobre a decisão do Juiz Leandro Gross. O réu foi conduzido por oficial de Justiça do Poder Judiciário do Acre até o quartel da Polícia Militar, no Centro de Rio Branco, onde cumpre prisão preventiva.

O julgamento de Pedro teria que ter sido realizado no dia 21 de setembro deste ano, mas o Pascoal apresentou atestado médico, justificando suposta doença e internação que ainda não foi esclarecida por perícia do Instituto Médico Legal e pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).

Assalto mobiliza polícia no AC

Bando pode ter levado R$ 1 milhão de agência do BB

Nayanne Santana, RIO BRANCO

Há cinco dias, mais de cem homens das Polícias Militar, Civil e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Acre tentam capturar uma quadrilha de assaltantes de banco. Após roubar uma quantia milionária em uma agência do Banco do Brasil em Feijó - município com 32 mil habitantes, localizado a 334 km da capital -, o bando se refugiou em mata fechada e houve tiroteios na região. Ontem à tarde, três suspeitos foram presos, mas um foi liberado.

Na sexta-feira passada, pelo menos seis homens invadiram a agência. Antes da fuga, os assaltantes levaram as fitas com as imagens feitas pelas câmeras de segurança. Outros equipamentos, no entanto, registraram a ação. De acordo com a polícia, três suspeitos foram detidos. Continuam presos o ex-presidiário Eurico do Nascimento e outro comparsa. No dia da ação, o bando fez reféns na agência e roubou veículos para seguir pela BR-364, onde se esconderam nas proximidades do Rio Purus, entre os municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano.

Um sargento da PM sumiu nas águas do rio após ser atingido por um tiro de fuzil no pescoço, na madrugada de terça-feira. Ele estava em uma balsa, quando houve tiroteio. "Os bombeiros estão trabalhando no local, mas sabemos que há a possibilidade de o sargento estar morto", lamentou o comandante-geral da PM, Romário Célio. Na terça-feira, Célio se deslocou para a região do esconderijo, de onde conduz a operação de busca dos suspeitos.

Embora não confirme valores, a Polícia Civil estima um roubo milionário. "Há a hipótese de o grupo ter levado R$ 1 milhão, mas o banco informou que o valor é inferior. As investigações não descartam nenhuma possibilidade até que o caso seja encerrado", informou a Polícia Civil, em nota.

OBS: Esse texto foi publicado originalmente no jornal Estadão.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091105/not_imp461448,0.php

CPI investiga tráfico de meninas para Bolívia e Peru

Texto: Gilberto Lobo

Muitos casos de abusos sexuais foram denunciados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, mas nenhuma denúncia, como ressaltou o deputado Luiz Tchê, levou a CPI e a polícia às pessoas que lideram a rede de pedofilia do Estado. “Queremos saber quem é o peixe grande da pedofilia no Acre”, disse.

Segundo o parlamentar, as denúncias à CPI têm aumentado constantemente, no entanto, são casos isolados sem conexão entre si. São abusos sexuais contra menores cometidos por familiares.
“Dessa forma, estamos entre a delegacia e a Justiça, porque investigamos e descobrimos muitas coisas sobre essas denúncias, mas não temos poder de polícia para mandar prender ninguém”, explicou.

Os deputados também investigam tráfico de menores para países vizinhos, como Bolívia e Peru. Há informações de que uma cafetina agencia meninas e prostíbulos na fronteira. A revelação foi feita por um vereador de Acrelândia. “Fomos à Bolívia e procuramos pistas sobre esses casos”, acrescentou Tchê.

Relatórios de empresas de transportes aéreos foram pedidos pelos membros da comissão para saber o fluxo de turistas e o número de menores que viajam sem a presença dos pais. “O problema é que nem todas enviaram essas informações”, declarou o deputado.

Outra oitiva que gerou polêmica que gerou polêmica foi a de uma menina de 17 anos, mas que diz ter sofrido abuso aos 13 anos. Conforme o depoimento da mãe da vítima, o agressor teria sido um dono de motel de Rio Branco. A menor revelou ainda que o empresários mantinha câmeras nos quartos do motel. Os vídeos eram assistidos em sessões com amigos do acusado.

De acordo com o depoimento da vítima, ela e uma amiga - esta também acusada de prostituição na Espanha - teriam falsificado um exame de gravidez em uma lan house para poder fazer chantagem ao empresário. O fato foi denunciado à Justiça.

Pianko
O assessor especial do governo Francisco Pianko ainda não tem data marcada para ser ouvido na CPI. Mais uma testemunha será ouvida e só depois o depoimento do acusado será marcado.

Outros acusados também serão levados à CPI quando todos os acusadores forem ouvidos.

No Acre, há 15 pontos vulneráveis de exploração sexual infantil


Pesquisa de mapeamento da Polícia Rodoviária Federa, aponta quase dois mil pontos vulneráveis de exploração sexual de menores nas estradas federais do Brasil. No Acre, a PRF fiscaliza esses pontos e foram mapeados 15 pontos.

No mapeamento, foram identificados que a cada 27 quilômetros existe um ponto vulnerável de exploração sexual infantil nas estradas federais. A pesquisa trabalha com os locais em que a PRF flagrou ou recebeu denúncia de menores de 18 anos.

A pesquisa foi uma parceria com a Organização Internacional do Trabalho. Os estados que encabeçam a lista são: Minas Gerais, com 290 pontos de exploração infantil; e Rio Grande do Sul, com 217. Os dois estados têm grandes malhas viárias. Minas Gerais, 290 pontos de exploração sexual infantil. Rio Grande do Sul, 217 pontos de exploração sexual infantil.

De acordo com o inspetor da PRF do Acre, Peregrino Silveira Lima, as ações de combate e de prevenção são constantes. Mas é preciso políticas públicas mais efetivas e de parceria com fiscalização dos juizados, conselhos tutelares e outros órgãos responsáveis de proteção à criança e ao adolescente. Os dados da pesquisa serão encaminhados aos órgãos competentes para que tomem medidas de prevenção e de combate à exploração sexual infantil.