A última vez que vim por aqui era setembro, dia 13, ainda vivia aquela eloquência dos 10 anos do 11 de setembro e todo aquele blá, blá, blá que nós sabemos.
Outubro foi um mês intenso: trabalho, perdas, lua de mel no paraíso de Jericoacoara, viagem a Manaus a trabalho e retorno ao Acre depois de quase 20 dias longe (somando lua de mel e a viagem a MAO).
Novembro chegou bem apressado e já passamos de sua primeira quinzena. Entre sustos, cansaços, surpresas e celebrações posso dizer que sobrevivi a todas as emoções.
Certo que hoje não é meu melhor dia e tô combinando com o dia cinzento que faz no Acre, por um caso raro, porque o calor nas Terras de Galvez anda castigando. Mas, enfim, são nos meus dias cinzentos que mais gosto de dedilhar teclados de computador.
A minha volta ao “lar abandonado”, o meu refúgio de palavras, se deu porque estou escutando incessantemente o segundo CD de Marcelo Camelo – Toque Dela. Nem precisa dizer que aprecio em demasia a singularidade do Camelo e essa voz tão mansa, tão íntima, daquelas que toca direitinho no coração.
Contudo, não vim resenhar Toque Dela. O motivo é outro. Nas férias/lua de mel no lindo Ceará tive a oportunidade única de assistir (de graça) um show de outro Marcelo que também gosto muito do trabalho: Marcelo Jeneci.
Foi das coisas mais marcantes dessa lua de mel e por inúmeros motivos, mas vou destacar dois deles: Amo a música de Jeneci e uma dessas músicas (Pra Sonhar) tem significado especial para meu casamento.
Mas Jeneci e Camelo tem algo em comum, não têm apenas o mesmo nome e nem minha admiração musical. Descobri que eles fazem parte de uma meta minha, daquelas pessoais e intransferíveis.
Eles acabam de entrar na minha lista de coisas para fazer antes de deixar a vida terrena e esse texto é meu contrato – podem dizer que sou louca. Sou mesmo! rs
Então, antes de deixar esse corpo moreno minha meta (entre tantas outras) é ir a um show de Marcelo Camelo ou do Los Hermanos (e 2012 tem turnê e eles cantarão em Fortaleza – será, gente? Eu ia amar), ir também num show de duas lindas: Vanessa da Mata e Tulipa Ruiz. Ah, tem também Lenine. Seria injusto não tê-lo aqui.
Jeneci já me brindou com um show sensacional, inesquecível e todos os outros adjetivos que possam expor grandiosidade, felicidade e todos os bons sentimentos.
Minha lista tá singela, são só cantores nacionais – se rolar Adele, aí a nêga pira haha -. Mas vocês não sabem o quanto de significado tem pra mim. Música é um tipo de coisa que só entra na minha vida se tiver significado, se fixar moradia no meu coração mesmo. Eles conseguiram isso, cada um com seu modo.
Por isso, o post encerra com uma música do novo CD de Marcelo Camelo – e foi difícil eleger uma.
Vermelho
“Às vezes eu só quero descansar
Desacreditar no espelho
Ver o sol se pôr vermelho”