sábado, 12 de junho de 2010

Sou medrosa!

Eu nunca duvidei que tivesse medo de muitas coisas.

Na infância eu tinha medo do escuro, de tempestades, principalmente as que vinham com raios e trovões. Tive medo do bicho-papão e medo da Cuca.

Na adolescência tive medo de não fazer as escolhas certas na vida. Achava que todas as decisões seriam para sempre. Aos poucos descobri que o “pra sempre” não existe.

Também na adolescência tive medo da depressão, achei que esse “mal do século” ia por fim a tudo.

Os anos foram passando e fui adquirindo outros medos. Ao se aproximar a fase adulta temi a morte, temi a solidão, temi por ter dificuldades para gerar filhos.

Mas nos últimos tempos descobri que eu tenho medo de encarar certas coisas por simples receio de não me impor.

Ouvindo Lenine cantar Miedo com Julieta Venegas tive certeza de quais são meus medos na fase adulta.

Ter “medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo” me fez ver que sou tão frágil diante de uma infinidade de coisas e o pior, permito que eu me boicote, sem pudores.

Isso pode fazer com que posteriormente eu sofra com o “medo de se amargurar pelo que não se fez”.

E por isso, “o medo é a medida da indecisão”.