quarta-feira, 17 de junho de 2009

Os jornalistas que se fodam!

Meus caros me desculpem a expressão, mas foi isso que os oito nobres ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) disse a nós jornalistas, ao decidirem que não é necessário ter diploma de jornalismo para exercer a profissão.

Não posso dizer que perdi quatro anos da minha vida numa faculdade porque eu não os perdi, pelo contrário, adquiri conhecimento acadêmico e tive uma experiência única ao ser uma acadêmica de jornalismo.

Mas estou muito indignada com a decisão dos oito ministros do STF que rasgaram o meu diploma, que a partir de hoje não serve nem pra prestar concurso público.

A minha editora-chefe Alessandra Machado, disse uma frase interessante sobre o fato: “Se com a exigência da faculdade já aparecia muita gente nas redações que não sabem escrever sequer uma linha, imagina agora que não será mais exigido o diploma?!”.

E isso, é apenas um dos agravantes, porque eu fico imaginando como será daqui um tempo, quando aqueles políticos malas decidirem colocar seus coleguinhas para trabalharem como assessores de comunicação, sem que esse tal colega tenha sequer noção do que seja comunicação social, que dirá, jornalismo.

Já pensaram se decidirem que para ser advogado, juiz, seja lá o que for, não será exigido o diploma de Direito? Ou melhor, já pensou se deixarem de exigir o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aos que desejam seguira a carreira da advocacia?

Ah, isso não é justo com a legião de acadêmicos que ainda existem país e com os que já concluíram a faculdade de jornalismo.

Gente, eu desde a minha infância sonhava em ser jornalista. Fui motivada pelos “Boa Noites” que recebia dos excelentes jornalistas Cid Moreira e Sérgio Chapelin e agora os excelentíssimos ministros vem e “baldeiam o pote”.

Bem que Renato Russo já se perguntava: Que país é esse? Pois eu faço coro aos demais: Isso é a porra do Brasil!

Nota:
Sim, isso é um desabafo de uma jovem jornalista formada.

STF derruba a obrigatoriedade do diploma para exercer o jornalismo


Decisão teve oito votos a favor de recurso e um contrário

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, por oito votos a um, que é inconstitucional a obrigatoriedade do diploma em curso superior específico para o exercício da profissão de jornalista no Brasil. Os ministros acolheram o recurso ajuizado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal (MPF) contra uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que tinha afirmado a necessidade do diploma.

O voto do relator - o presidente da Corte, Gilmar Mendes -, segundo o qual a formação específica em curso deve ser dispensada para a garantia do exercício pleno das liberdades de expressão e informação, foi seguido pelos demais ministros presentes, com exceção do ministro Marco Aurélio Mello. Os ministros Menezes Direito e Joaquim Barbosa não participaram do julgamento.

— Nesse campo, a salvaguarda das salvaguardas da sociedade é não restringir nada. Quem quiser se profissionalizar como jornalista é livre para fazê-lo, porém esses profissionais não exaurem a atividade jornalística. Ela se disponibiliza para os vocacionados, para os que têm intimidade com a palavra — afirmou o ministro Ayres Britto.

O ministro Cezar Peluso disse que experiências de outros países demonstram que o jornalismo sempre pôde ser bem exercido sem qualquer exigência de formação universitária:

— Não existe no exercício do jornalismo nenhum risco que decorra do desconhecimento de alguma verdade científica — afirmou.

A decisão atende à tese da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e contraria a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), para quem foi justamente a exigência do diploma para o exercício do jornalismo, prevista no Decreto-Lei 972 de 1969, que permitiu a profissionalização e a maior qualificação da atividade jornalística no Brasil.

O patronato e as entidades representativas da categoria sempre estiveram em campos opostos na discussão. Uma liminar do STF já garantia, desde novembro de 2006, o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior na área de jornalismo.

O parecer do Ministério Público Federal também foi pela não obrigatoriedade do diploma. O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, disse que isso evitaria os obstáculos à livre expressão garantida pela Constituição Federal. Vencido no julgamento, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que o jornalista deveria ter uma formação básica que viabilize a atividade profissional, que repercute na vida do cidadão em geral.

Texto: Agência Brasil

Recepção calorosa



Após passar cinco dias aquartelado o vice-presidente da Associação do Militares do Acre, major Wherles Rocha tornou-se o símbolo da luta de sua categoria por condições de trabalho mais digna.

Na manhã desta quarta-feira, 17, Rocha foi recebido por vários amigos, policiais militares e familiares na sede do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) após ser liberado da prisão administrativa.

Rocha foi recebido com muita comemoração, fogos de artifício e acenos, depois, seguiu em carreata pelas principais ruas da cidade acompanhado por motociclistas, veículos e por parte da imprensa que cobria o fato inédito.

A prisão do major vem repleta de peculiaridades, mas o presidente do PSDB, Tião Bocalom chamou atenção para o fato mais relevante deles, ao decretar a prisão de Rocha sem que ele fosse sequer julgado, o governo do Estado e o Comando-Geral da Polícia Militar contribuíram com o fortalecimento do nome do major para a próxima eleição.

Vale ressaltar que antes dessa confusão tomar conta dos noticiários acreanos ouviram-se rumores dando conta que Wherles Rocha seria candidato a deputado estadual.

Nota da blogueira: Uma pessoa me disse que o povo tem memória fraca e que por isso, não acredita que esse fato que aconteceu com o major tenha força em 2010, mas talvez essa seja uma idéia errada e em 2010 a população pode surpreender o governo do Acre e o comando da PM.

No Acre, há cerca de 4 mil policiais militares, se fizermos uma continha rápida somando PM’s e familiares (esposa/esposos e filhos) teremos pelo menos 8 mil pessoas. Esse é um número considerável de eleitores que estão com o poder do voto nas mãos e que podem muito bem mostrar sua vontade nas urnas ano que vem.

Atenção meus nobres, não subestimem os eleitores. Tampouco fiquem se valendo dessa máxima batida de que “o povo esquece de tudo rápido”. Afinal, os meios de comunicação estão aí para noticiar fatos e a campanha eleitoral existe justamente para relembrar fatos que aconteceram outrora.

É, 2010 vem aí e promete ser um pleito muito interessante. Basta esperar para ver.

Fotos: Debora Mangrich