Meus caros me desculpem a expressão, mas foi isso que os oito nobres ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) disse a nós jornalistas, ao decidirem que não é necessário ter diploma de jornalismo para exercer a profissão.
Não posso dizer que perdi quatro anos da minha vida numa faculdade porque eu não os perdi, pelo contrário, adquiri conhecimento acadêmico e tive uma experiência única ao ser uma acadêmica de jornalismo.
Mas estou muito indignada com a decisão dos oito ministros do STF que rasgaram o meu diploma, que a partir de hoje não serve nem pra prestar concurso público.
A minha editora-chefe Alessandra Machado, disse uma frase interessante sobre o fato: “Se com a exigência da faculdade já aparecia muita gente nas redações que não sabem escrever sequer uma linha, imagina agora que não será mais exigido o diploma?!”.
E isso, é apenas um dos agravantes, porque eu fico imaginando como será daqui um tempo, quando aqueles políticos malas decidirem colocar seus coleguinhas para trabalharem como assessores de comunicação, sem que esse tal colega tenha sequer noção do que seja comunicação social, que dirá, jornalismo.
Já pensaram se decidirem que para ser advogado, juiz, seja lá o que for, não será exigido o diploma de Direito? Ou melhor, já pensou se deixarem de exigir o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aos que desejam seguira a carreira da advocacia?
Ah, isso não é justo com a legião de acadêmicos que ainda existem país e com os que já concluíram a faculdade de jornalismo.
Gente, eu desde a minha infância sonhava em ser jornalista. Fui motivada pelos “Boa Noites” que recebia dos excelentes jornalistas Cid Moreira e Sérgio Chapelin e agora os excelentíssimos ministros vem e “baldeiam o pote”.
Bem que Renato Russo já se perguntava: Que país é esse? Pois eu faço coro aos demais: Isso é a porra do Brasil!
Nota:
Sim, isso é um desabafo de uma jovem jornalista formada.
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