sexta-feira, 29 de maio de 2009

Duas perdas

Essa foi uma semana um tanto difícil pra mim. Tive que lidar com duas perdas.
A primeira foi a do Bruno Filho, meu pequeno sobrinho de coração.

A segunda, foi de uma tia-avó, que eu gostava muito.
A morte da tia Conceição não era esperada e aconteceu de uma meneira muito chocante para todos.

Ele teve a casa queimada e levou três tidos. O corpo foi encontrado carbonizado. O velório foi com o caixão fechado e a família e os amigos estavam inconsoláveis e muito impressionados com a brutalidade que o crime aconteceu.

Sei que a morte é o fato mais certo na vida de todos nós, mas é muito mais fácil lidar com uma morte causada por doença, do que lidar com um crime, um assassinato.

Tia Conceição era uma mulher muito simples, corajosa e muito prestativa com os seus entes queridos. Dela eu guardo boas lembranças, principalmente as gargalhadas e as histórias.

Peço a Deus que o(s) culpado(s) por esse crime bárbaro sejam encontrados e que a Justiça seja feita. Ninguém suporta mais conviver com essa sensação de insegurança e impunidade.

Temo que as autoridades so tomem uma atitude quando o crime alcançar os seus lares, seus entes queridos.

Que Deus ilumine a tia Conceição e alivie a dor da perda que os familiares e amigos dela sentem nesse momentos.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ao meu sobrinho do coração Bruno Filho


A vida da gente é uma verdadeira correria. Acordamos cedo, vamos para o trabalho e enfrentamos um trânsito caótico para uma cidade muito pequena como Rio Branco, ficamos estressados por tudo que achamos que não está dando certo e na maior parte do tempo não damos valor aos pequenos encantos da vida e só nos damos conta quando a vida nos dá um sacolejo bem forte.

Foi isso que me aconteceu hoje. Era uma segunda-feira bem conturbada, cheia de altos e baixos e eu estava estressada, mas no final da tarde ao abrir meu MSN vi uma mensagem pessoal de uma amiga dizendo que estava de luto por dois amigos de fé, Manu e Bruno.

Nossa, gelei! Bruno e Manu são pais do Bruno Filho, um sobrinho do meu coração. O Bruninho, nasceu prematuro e por isso, precisou ficar na incubadora para ganhar peso e voltar pra casa fortão, mas infelizmente, não foi assim que a história terminou.

Hoje, Deus levou o Bruninho, anjinho da Manu e do Bruno, para o céu. Bruno Filho deixou os pais muito tristes e os titios todos muito abalados. Mas o nosso Pai tem seus propósitos, embora neste momento não faça sentido para nós mortais e deixe marcas muito fortes em nossos corações.

Que Deus conforte os meus amigos! Não há conforto, tampouco palavra amiga que faça reduzir a dor deles, mas peço aos meus amigos que orem, pois Deus tem o poder de curar feridas de nossa alma.

Hoje, na despedida do Bruninho Deus nos mandou uma chuvinha e logo em seguida um arco-íris. Talvez essa tenha sido a maneira que Ele encontrou para nos dizer que depois das lágrimas e da escuridão há de vir à luz e suas cores.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Entrega ecologica




Como podem ver pela foto em Capixaba, há 77 quilômetros de Rio Branco, a entrega de água mineral funciona da forma "ecologicamente correta", sem causar danos a camada de ozônio.

Fotos: Debora Mangrich

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Eles também erram



Clique na imagem e veja que o site da Folha (www.folha.uol.com.br) publicou o plural da palavra "atrizes" de uma maneira bem diferente.

Até onde sei a reforma ortográfica (ou ortodrástica, como eu chamo) não chegou a tanto.

Emissora de TV na CPI da Pedofilia


Ontem, durante a reunião da CPI da Pedofilia um parlamentar adiantou que uma emissora de tevê será convocada pelo comissão.

De acordo com o membro da comissão, a emissora tem fitas com áudios de pessoas ligadas a exploração sexual no Acre.

As fitas devem ser usadas para identificar as pessoas envolvidas com a exploração sexual que atuam, pricipalmente, em Rio Branco.

Nota do blogue:
Eu suponho, e ressalto, suposição minha mesmo, que a emissora em questão seja a TV Gazeta, de propriedade do empresário Roberto Moura.

A suposição surge com base em um fato bem recente, dias após ser iniciado os processos de investigação que deram início a CPI da Pedofilia, a TV Gazeta produziu e veiculou uma série sobre o tema tratado na comissão parlamentar.

O jornalista Gabriel Rotta entrevistou várias pessoas que teriam ligações com o crime de exploração sexual, em diversos pontos da capital.

É claro que é reservado e garantido por lei o direito da emissora e de seus repórteres de não divulgarem os nomes dos entrevistados e os locais onde foram realizadas as imagens e entrevistas que compuseram o material veiculado na tevê, mas também é certo que a CPI pode sim requisitar essas fitas, tendo em vista que a emissora tornou o material público ao veiculá-lo.

Resta saber se essa requisição não pasará de cartaz para atrair os flash e holofotes da imprensa.

Eu particularmente ainda estou aguardando algo de eficaz dessas investigações da CPI da Pedofilia.

Admito que sei que coisas muito bombásticas vêm por aí, porque tive acesso a algumas informações, mas não basta só a CPI apurar, é preciso que algo de eficaz e de concreto seja feito.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Digno de prêmio

A reportagem a seguir é digna de prêmio. Esse é só um trech do progarama Globo Repórter da última sexta-feira, 15.

Violência sexual contra crianças assusta pais de Catanduva
Mais de 50 meninos e meninas foram abusados sexualmente na cidade. Tragédia atingiu bairros inteiros. Pais lutam pela prisão dos criminosos.

ISABELA ASSUMPÇÃO

"Eu tenho medo e raiva daquelas pessoas", revela uma menina de apenas 8 anos que foi abusada sexualmente. A irmã de 5 e o irmão de 10 também.

O pai das vítimas, José Arquimedes da Silva, faz uma pausa para falar sobre o dia a dia da família. "É muito doído", desabafa.

Seu Zé soube no fim do ano passado que seus três filhos eram vítimas de uma quadrilha de pedófilos. E os abusos já aconteciam há mais de seis meses. Uma mãe também não percebeu. Ela achava que a filha estava em segurança na escola.

"Não sabíamos que eles pegavam as crianças na porta da escola, no horário de entrada, e devolviam na saída", conta a mãe.

Aconteceu em Catanduva, a 185 quilômetros de São Paulo. Na cidade, a violência sexual contra crianças atingiu uma dimensão rara, espantosa. A primeira denúncia aconteceu em dezembro passado. Uma moradora procurou o promotor da cidade para contar que seus filhos tinham sido molestados por um comerciante da vizinhança. Parecia um caso isolado, mas não era isso. Uma mãe foi conversando com outra. As crianças foram revelando fatos novos e apontando novas vítimas. Aos poucos, os moradores se deram conta de que a tragédia tinha atingido o bairro inteiro.

Por conta do que aconteceu, as mães de um dos lugares mais pobres da cidade se uniram e passaram a conviver com a dor e o medo.

"Quando isso aconteceu, eu coloquei um colchão na minha sala. Hoje meu marido dorme no quarto dele e eu fico com todos os meus filhos. Por causa do medo de que alguém entre e mexa com meus filhos, eu fico praticamente a noite inteira acordada vigiando eles", conta uma das mães.

"Perdemos o chão. Ficamos totalmente sem controle, transtornados, sem saber o que fazer. Não temos como nos erguer", diz outra mãe.

No começo, elas sofreram ainda com o descaso de quem tinha a obrigação de ajudar.

"No começo, eu procurei a delegada. Ela olhou na minha cara e disse que isso é normal", lembra uma mãe.

Zé da Pipa, o homem acusado pelas crianças como autor dos abusos, foi preso. Ele consertava pneu de bicicleta e vendia doces. Atraía os menores para sua casa, onde fazia pipas e tinha jogos eletrônicos. O sobrinho do comerciante, de 19 anos, e dois adolescentes também foram presos como cúmplices. O grupo teria molestado mais de 50 crianças e ainda fazia tortura psicológica.

"Eles falavam que se as crianças contassem para a mãe ou se alguém soubesse o que tinha acontecido, eles colocariam fogo na casa inteira, para queimar toda a família", conta seu Zé.

Quando o caso já parecia esclarecido, um novo choque: pelo menos oito crianças faziam uma nova acusação. Elas teriam sido levadas a orgias em casas de um bairro nobre da cidade. Pessoas da elite de Catanduva passaram a ser investigadas.

"Após a nossa investigação, o número de suspeitos aumentou. Mas, por ora, nós ainda estamos em fase de investigação. O que paira no atual momento são meras suspeitas", diz o promotor João Santa Terra, que não tem dúvida de que as agressões realmente aconteceram e que os menores estão falando a verdade.

"As crianças se apresentaram extremamente traumatizadas. Algumas não desejavam falar de maneira nenhuma. Outras falavam muito pouco. Porém, o que falavam era certo, seguro e coerente. Temo o parecer de um psicólogo responsável atestando que os abusos ocorreram", revela o promotor.

Três meses depois de descoberto o caso, o número de vítimas continuava a crescer. A vergonha cala a voz de algumas famílias, mas o psicólogo do Fórum de Catanduva, Paulo Celso Pereira, e a assistente social continuam percorrendo o bairro e descobrindo novas vítimas.

"Cada vez que voltamos aparece um nome novo. Dá uma sensação de angústia, de que isso não vai ter fim. Quando vamos ouvir a última criança desse caso?", questiona Paulo Celso.

A casa de Zé da Pipa está abandonada. Como tudo foi destruído, a equipe do Globo Repórter conseguiu entrar. A sensação foi terrível, enojativa. Havia um cheiro horroroso. Lembranças da tragédia ainda estão por todo lado. Roupas infantis e preservativos são registros esquecidos de momentos dramáticos. Para uma das mães, o sofrimento é duas vezes maior. O que aconteceu no local com os filhos dela foi a mesma violência que ela viveu na infância.

"Aos 8 anos eu fui vítima de abuso do meu padrasto. Eu trago isso até hoje. Quando aconteceu comigo, eu não tive apoio da minha mãe nem de ninguém. É algo que não tem mais reparo. Eu voltei no tempo", conta ela.

Para todas as vítimas e para as famílias, fica uma certeza: a marca da alma não se apaga.

"Não vamos esquecer. Isso vai ser uma ferida que vai sarar, mas vai deixar uma cicatriz. Eu espero que meus filhos tenham um futuro brilhante, apesar de tudo", finaliza seu Zé, emocionado.

Um recado

Peguei a culpa

Há dias que eu não posto nada por aqui.
Sinto falta porque isso aqui é um território livre, algo onde me sinto mais eu.

Eu sou muito faladeira, muito mesmo.
Acho que tomei água de chocalho como diz a minha avó, mas aqui em Rio Branco a gente paga muito caro por ser um ser pensante e falante.

Nos últimos dias tive grandes lições disso, principalmente porque tudo que uma certa espécie fala tem intensidade maior ainda: os jornalistas. Tudo colocam em nossa conta.

Esses dias meu namorado me fez passar por uma que me estressei e tomei uma séria decisão: Não trato mais de nada que se refere ao Tribunal de Contas do Estado, local onde ele trabalha ou a qualquer lugar que ele frequente.
Mas sinto que já ficou o estigma.

A história é a seguinte, o jornalista e blogueiro Altino Machado publicou uma matéria sobre uma novidade no TCE.

Segundo o blogueiro, os funcionários do Tribunal só podem utilizar os caixas eletrônicos depois do horário de expediente.

A matéria foi postada no blogue e eu peguei a culpa! (sim, BLOGUE, com GUE, segundo o novo dicionário formulado após a bendita reforma ortográfica, que mais poderia ser reforma ortoDRÁSTICA)

Pois é, eu fui a culpada. Ele me liga no celular e diz: Poxa cara, tu vasou aquele lance que te contei "in off", como vocês dizem, para o Altino. Tu, hein!

Aí eu, na leseira que me cabe, disse: Como assim? Eu nem falo com o Altino!

Ele: - Ah, então tu andou falado na roda de jornalistas e isso "vazou" como vocês falam.

Depois da conversa desliguei o celular enfurecida, mas antes disse: - Meu filho, não falei nada, juro! Mas faça assim, procure uma namorada de outra profissão, uma média, vendedora,s ei lá! Aff, ô raiva!

Sei que falo muito, mas pagar pelo que não fiz é ralado.

Depois ele viu que eu não sou a única pessoa que conhece funcionários do TCE.
Mas até explicar que alho é alho e não bugalho....já peguei a fama entre ele e os amigos. Fogo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Retrô da semana


Rio Branco estava movimentada nesta semana.

Por isso, nesta quinta-feira farei uma mini-retrospectiva para relembrar cada fato.

Na segunda-feira, os policiais militares realizaram uma manifestação no centro da
capital e fecharam a Avenida Brasil.

A manifestação, devo destacar, é um direito dos militares, mas o bloqueio da via pública causou um caos na cidade e isso nos levou a ver duas coisas: Rio Branco é um cidade despreparada, os engenheiros de trânsito não sabem o que é logística, porque eles não foram capazes de achar uma solução para os congestionamentos quilométricos que se formaram nessa cidade. A segunda coisa que notei foi a falta de memória dos outros, agora aqui funciona a lei do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, neste caso, não façam o que eu fiz!

Na terça-feira, o governador do Estado, Binho Marques, classificou o ato dos militares como “baderna”. A declaração gerou inúmeros comentários.

Chegamos a quarta-feira dia que os defensores se mobilizaram e decidiram paralisar suas atividades por três dias. A categoria reivindica, assim como os militares, melhores condições de trabalho.

No final da manhã de quarta, o procurador Sammy Barbosa, do MPE, chama a imprensa para uma coletiva e informa que o órgão vai investigar os militares que participaram da manifestação na segunda-feira. Os militares podem ser condenados por realizarem um motim.

Na quinta-feira, a cidade parecia está tranquila, mas nada disso...na madrugada desta quinta dois homens fizeram um arrastão que iniciou na Uninorte e terminou no bairro Sobral. O detalhe é que os assaltantes cumprem regime semi-aberto, ou seja, durante à noite deveriam está no presídio.

Por isso que eu digo, os mais seguros são os que estão presos, eles sabem com quem estão lidando. Nós, que pagamos impostos e levamos uma vida de maneira lícita, estamos cada dia mais expostos a criminalidade.

Enfim, no final da tarde de quinta os familiares e amigos dos detentos participaram de uma reunião na qual deram início a criação da associação dos familiares e amigos dos reeducandos, ou seja, vem por aí mais reivindicações e mais denúncias.

Mas amanhã promete...os defensores realizarão atendimentos no Terminal Urbano e outras categorias prometem outras mobilizações...vem mais chumbo por aí.

Ah, e ainda temos o dia das mães, que o comércio está se fartando, como se amor fosse medido por meio de presentes, mas enfim...comprem pelo menos um cartão para as mamães que estão próximas a vocês e na era da internet, vale um e-mail, scrap, twittada...qualquer forma de comunicação nessas horas são válidas.

E vamos aguardar a semana que vem....

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Lei da Mordaça?


Agora a moda é: amordaçar. Ninguém mais pode falar nada. Mas, eu não posso me furtar a esse “luxo desnecessário” de ver e ouvir certas coisas e não me pronunciar sobre isso.

Vamos aos fatos: na década de 1980-1990 era comum ver no Acre movimentos grevistas, esses movimentos eram liderados pelos militantes de esquerda.

Nos anos 2000, quando as categorias resolvem se manifestar são criticadas pelos manifestantes de décadas anteriores.

Mas como assim?
Quer dizer que então, que no Acre funciona a lei do "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!?"

Passei quatro anos na faculdade e descobri que a Liberdade de Imprensa só existe nos livros didáticos de comunicação social.