terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Rascunho das horas


Nos dias como esses que nada é certo, que nada está no lugar
Eu sou queria que não fosse mais um dia desses.
Fico aqui empurrando as horas com olhos de lamentações.
Se elas não passam, por que então não voltam ao tempo em que tudo estava em seu devido lugar?
E ficamos assim, uma ao lado da outra sem perceber como as únicas companheiras nessas dúvidas e incertezas.
Ela faz a parte dela e eu organizo a confusão do meu universo para que no momento exato eu consiga estar pronta.
O reinado dela acaba quando nascer outro dia.
As minhas dúvidas descansam.
Nem ela, nem eu. 
Ambas não cessam - adormecem e reiniciam, juntas!
São amigas e inimigas íntimas.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Difusora Acreana: causando nas ondas da timeline do Twitter

Eram 14 horas de um domingo nublado e eu decidi ir almoçar. Até aí, tudo bem.
Quando cheguei na cozinha ouço Justin Bieber na Rádio Difusora Acreana – a Voz das Selvas – e tomo aquele susto! 

Vou até o quarto do meu avô Costa para conferir a bizarrice e eureka! Estava mesmo tocando Justin Bieber.
Na mesma hora tuito a “macacada” da rádio que eu ouço desde os 6 anos. Naquela época me lembro da voz marcante de Estevão Bimbi no seu Mundo Cão.

Gente, tem algo errado – penso eu!

Pois é, mas o programador continua me apavorando e tasca Kelly Key, Restart, reggaeton e outras coisas que não combinam com uma rádio que é líder em audiência nos ramais, rios e afins do Acre que é tão extenso e tem áreas tão isoladas.

No Twitter todos os amigos comentam, principalmente os colegas da área de jornalismo.
Eu apelo ao twitter pessoal do governador e digo: Tem que ver isso governador @tiao_viana Tocou Justin Bieber e agora toca Kelly Key na @difusoraacreana
 
Meu avô Costa a essas alturas estava muito chateado e me pergunta: Meu vô com 82 anos me olha e diz: Minha filha o que esse rapaz tá cantando? É estrangeiro? Eu: Deixa pra lá vô.
A situação foi se agravando à medida que tocou músicas estilo “pancadão”. 

Parecia que tinham seqüestrado o programador e colocado um pen driver daqueles que liga naquelas caixinhas de som que vemos na região do Terminal Urbano.

Mandei o link da rádio via web para os amigos de Twitter e muitos começaram a acompanhar a Difusora.
Acredito que foi uma das melhores tardes de domingo. Muitos amigos se mobilizaram para discutir a qualidade musical da Difusora Acreana.

Resultado disso: Acho mesmo que "perderam a mão" na programação musical. Esqueceram que os ouvintes, em maioria, são de áreas isoladas do Acre e que sequer ouviram falar em Justin Bieber por mais que a globalização seja cruel conosco.

Eu sou do tempo que a RDA tocava música com conteúdo, música que narrava as história de um povo lutador e que se honrava em trabalhar na roça para ter seu sustento e de sua família.
Sou saudosista?! 
Sim, mas também prezo pelo que é bom.

Não concordo que uma rádio do Sistema Público de Comunicação perca seu prumo e sai infectando os rádios. 

Imaginem só um lavrador do ramal do "Vai quem quer" ouvindo esse tipo de música?

A minha dica é que revejam os conceitos na RDA.
Peço como ouvinte e me atrevo a representar meu avô, soldado da borracha aposentado, cearense e pai de família, ouvinte da RDA desde 1950, nos barrancos de Tarauacá.


sábado, 15 de janeiro de 2011

Viver!


Creio que sofro das inquietações típicas dos jovens de 20 e poucos anos.

Tenho pressa em devorar o mundo sem notar que na verdade é ele quem me devora silenciosa e calmamente, como se assim aliviasse as minhas angustias. 

Diante da minha inquietação, o tempo rir. 

A razão ou algo que se aproxime dela me questiona: O que te falta?

Embora eu não goste de responder perguntas - certamente foi por isso que escolhi ser jornalista, assim justifica gostar apenas de questionar – faço uma lista. E constato que tudo que amor, carreira e família caminham tranquilos.

- Mas então, o que te falta? – insiste aquela voz dentro de mim.

Falta eu ganhar o mundo! 

Mas também falta a sensação de quietude e mansidão.

Descubro que me falta a maturidade que se adquire com a longa jornada da vida.

Me recordo daquela senhora idosa que um dia me olhou nos meus olhos e diz:
“Caminha, mas sem essa pressa. Vive cada segundo com essa tua fome de vida! Deixa essa tua inquietação. Tudo que é teu há de vir! Amanhã serás como eu e terá boas histórias para contar aos que tu ama”.

Então, não me esperem. 
Vou ali, viver!

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Nota da blogueira:  Esse texto foi um rascunho um tanto diferente do que sou habituada a postar.
Este não precisa fazer sentido.
Foram frases e palavras que surgiram e eu fui escrevendo durante a madrugada.
Foi publicado porque sinto há alguns dias a necesidade de atualizar esta página.
Os que me conhecem sabem, eu nem sempre faço sentido. rs
É isso!