Não quero aqui desmerecer nenhum advogado por sua atuação na defesa dos envolvidos no crime da motosserra. Tão pouco, quero dizer que fulano é melhor que beltrano, mas não posso ficar impassível depois de mais de 80 horas de participação no julgamento do crime da motosserra.
Em setembro, nos três dias que seguiram o julgamento de Hildebrando Pascoal, Adão Libório e Alex Barros foi possível ver que Agilson Firmino, o Baiano foi vítima de esquartejamento com requintes de crueldade, tendo em vista que ele teve braços, pernas e o pênis cortado, além dos olhos perfurados possivelmente por pregos.
No primeiro julgamento a motosserra virou terçado, os assassinos eram os mortos, o culpado pelo esquartejamento foi Hildebrando. Adão e Alex foram absolvidos.
No segundo julgamento em que os réus eram Aureliano Pascoal, Pedro Pascoal e Amaraldo Uchôa (todos absolvidos) mais uma vez foi possível ver coisas que só não me aterrorizavam mais porque aquela altura eu estava anestesiada, mas que choca qualquer cidadão.
O depoimento de Ana Claudia foi impressionante, ela deu nome aos bois, mas de nada adiantou. Os jurados não estavam convencidos de que os assassinos não eram aqueles sentados ali.
Baiano, segundo os jurados, foi morto por quem já morreu o único assassino vivo é Hildebrando.
Agora, depois disso tudo, queria que alguém me explicasse como um crime organizado é articulado por apenas um homem.
Se a família Pascoal tinha motivos para matar Baiano porque só Hildebrando o fez?
Se todos os outros foram absolvidos porque os jurados entenderam que o MPE não conseguiu apresentar provas concretas, por que apenas Hildebrando levou a culpa.
Talvez, porque crimes a mando de Hildebrando tenham mesmo virado tese de defesa ou seria porque os jurados decidiram “sair desse imprensado” e deixaram que o ser superior a todos nós julgue isso.
Enfim, um dia quem sabe nós teremos resposta para essas perguntas.
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