segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A tevê que "emburrece"

Domingo é um dia tranquilo para mim. Normalmente eu fico em casa e assisto à televisão. Fico zapeando e vou dando uma olhada em um pouco de cada coisa.

Porém, nesse domingo eu fiquei pasma com o pouco conteúdo que as pessoas que estão merecendo os 15 minutos de fama têm.

Vejamos a lista de “celebridades sem cérebro” que tive que ver neste domingo.

Na Rede Globo apareceram Bruna Sufistinha, Debora Secco e Geisy Arruda e ainda tivemos as aspirantes a Menina Fantástica.

Nenhuma dessas criaturas disse absolutamente nada de relevante. Algo que fizesse qualquer ser colocar os neurônios para trabalharem.

A tal Bruna Sufistinha, que agora se apresenta como Raquel, disse que não vai esquecer seu período atuando como prostituta (?!).

Sinceramente, eu não esperava mesmo que ela esquecesse, também não me importo com o que ela fez durante esse tempo.

Debora Secco disse que interpretou Bruna/Raquel no cinema disse que gostou de ser interprete porque gostou de ler um personagem “tão rico”.

Pior que não acabamos por aí, logo depois apareceu à rainha do “Sim, estava de vestido curto, mas estou na moda” Geisy Arruda.

Embora, na minha opinião, essa moça seja apenas uma espertinha que está adorando os 15 minutinhos de fama ela sabe jogar - bem - com o barraco em que ela foi protagonista. Tanto que está adorando aparecer em jornais e revista.

Na matéria a moça do vestido curto vangloriava-se porque conseguiu um aplique de 70 centímetros grátis com um cabeleireiro, atendia a inúmeros telefonemas e enchia a boca para dizer que adora salto alto e afirmava categoricamente que até quando vai a padaria utiliza os sapatos de salto.

Para terminar ela foi ao shopping – nada mais Geisy Arruda – e muita gente parou para tirar foto com a estudante. Para quê vai servir essa foto, não me perguntem.

Tive pena da Renata Ceribelle que fez a reportagem com a Geisy.

Vendo aquelas cenas tristes para a repórter, me lembrei das palavras do professor e colega de redação Aldo Nascimento ao dirigir-se a mim certa vez depois que tive que ouvir lamentações de uma pessoa e fazer uma matéria sobre essa pessoa. Aldo me olhou e disse - Para quê você passou quatro anos na faculdade?

Se o Aldo perguntou isso a mim que sou repórter de um impresso no “oco do Brasil” imaginem o que pensava a pobre da Renata Ceribelle, jornalista formada na PUC de Campinas, quando fazia aquela matéria?!?

Bom, mas a tortura não encerrou por aí, embora, eu tivesse certeza que não poderia ficar pior, mas ficou.

Logo depois de Geisy – a que se acha – surgiram as candidatas a Menina Fantástica. Tratava-se de um bando de meninas visivelmente mimadas em que o sonho consistia em “ser famosa”, mas sem fazer esforço algum, incluindo esforço mental.

Elas falavam sobre passarelas, desfiles, flash e holofotes e eis que surge a pérola. Uma moça com o nome idêntico ao meu (a diferença entre o meu nome e o dela é apenas um N na grafia) Nayane Teixeira saiu com a pérola da noite. A mineira disse que sonhava em ser vista nos hot dogs da cidade. Pasmem: Hot Dogs na verdade eram outdoors.

Ah meu povo, não é por nada não, mas aí complica. Começo a suspeitar que vida inteligente na televisão seja algo cada vez mais raro e que as gerações futuras correm um sério risco intelectual.

Cada vez mais faz sentido a música da banda Titãs que diz: “A televisão me deixou burro, muito burro demais. E agora eu vivo dentro dessa jaula junto com os animais”.

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