quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ser mãe ou ter um filho?


Sempre disse que há diferenças entre ser mãe e ter um filho.
Não me enquadro em nenhuma das duas, por enquanto.
Mas, no decorrer do texto será explicitado em qual dessas definições pretendo me enquadrar.
Por hora quero me ater a diferenciá-las, principalmente para aqueles que estão lendo essa postagem e acham que não diferença alguma entre as duas.

Nos últimos dias a mídia nacional tem divulgado, quase que diariamente, casos de mulheres que abandonam seus filhos. Essas são mulheres que tiveram filhos, não são mães.

As mães não precisam necessariamente gerar um bebê. Elas podem ser mães por dedicação, por opção e de coração. São mulheres que fazem essa escolha. Que devotam o amor a uma criança ou até mesmo adolescente.

Tem uma campanha publicitária que afirma: Ter um filho muda tudo.

Ouso discordar dessa afirmação. Creio que o fato de colar uma criança nesse mundo, por si só, não terá essa capacidade. Acredito sim que devotar seu amor maternal a um criança tem capacidade de modificar as coisas.

Eu mesma, graças a Deus, me orgulho em poder dizer que tenho várias mães. Tenho minha mãe genitora e por meio dela vim a esse mundo insano, tenho minha avó materna que devotou muito do trabalho dela para me educar, tenho tias que me mostraram os bons caminhos. Todas, cada uma ao seu modo, dedicam seu amor a mim.

Mas, conheço pessoas que são filhas de mulheres que apenas “tiveram filhos”. Pessoas que não receberam amor maternal, que não foram pegas pela mão na hora de aprender a dar os primeiros passos, nem teve auxílio na hora de aprender as primeiras palavras.

Algumas foram abandonadas por essas mulheres que não tiveram capacidade ou até mesmo amor suficiente para serem mães.

Por sorte, grande parte das pessoas que eu conheci e que foram abandonadas pelas genitoras tiveram a chance de ter por perto uma mãe de coração.

Aquela que sempre que os filhos adoeciam, elas passavam a noite em claro, velando o sono do filho.

Algumas dessas mães de coração chamamos de vó, madrinha, tia. Podem ser as babás, as madrastas (neste caso as ‘boadrastas’ e não ‘mãesdrásticas’).

As mães são seres que carregam amor em demasia nos seus olhos, que por mais que nos dê uma bronca, só o fazem pelo nosso bem.

Elas são aquelas que nos mostram um sorriso largo quando acertamos. São as donas do único abraço que nos cabe por inteiro. Dos abraços capazes de afagar nossa alma.

Insisto: Nem sempre a primeira mulher que uma criança fita os olhos ao nascer será a mãe dela, aquela pode ser apenas uma mulher que teve um filho.

Por isso, quando ‘crescer’ quero muito ser mãe e dar ao meu filho tanto amor quanto recebi e ainda recebo das minhas mães.

Quero ser mãe para mostrar os caminhos certos, segurar na mão na hora de dar os primeiros passos e ser aquela que cuida dos ferimentos feitos ao cair da bicicleta. Quero ser mãe para comemorar as vitórias e mãe para ofertar meu colo na hora dos percalços. Quero ser mãe como aprendi ser com minhas mães!

Então, feliz dia das mães!

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