sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Rajada de vento na quinta-feira chegou a 130 km/h


A chuva com vento forte que ocorreu em Rio Branco na quinta-feira, dia 27, foi classificada pelo doutor Alejandro Fonseca Duarte, do Departamento de Ciências da Natureza da Universidade Federal do Acre (Ufac), como tempestade local severa.

Segundo Alejandro Duarte, esse tipo de fenômeno não pode ser previsto pela meteorologia porque não é como um ciclone que toma forma aos poucos. Ele informa que as tempestades locais severas acontecem de maneira repentina, como esta de quinta-feira.

“Os registros da universidade informaram uma rajada de vento chegou a 135 quilômetros por hora, mas isso foi apenas uma rajada, não significa dizer que o vento foi constante nessa velocidade”, explicou Duarte.

O pesquisador revelou que esse vendaval foi menos intenso do que o que ocorreu no início deste mês, quando aconteceu uma tempestade acompanhada de granizo.

“Naquela vez que choveu granizo, a velocidade do vento chegou a 150 quilômetros por hora e causou estragos em parte da cidade”, contou.

Estragos

Os locais que apresentaram danos após a tempestade que ocorreu no final da tarde de anteontem, nesta sexta-feira, dia 28, estavam contabilizando o prejuízo. Segundo informações extraoficiais, o valor da estrutura metálica da empresa Auge Pneus, que foi destruída pelo vento, foi avaliado em aproximadamente R$ 150 mil.

Outra empresa que teve prejuízos e que até a manhã de ontem não haviam sido calculados foi a Vidro Acre, localizada na Isaura Parente. Com o forte vento, a cobertura da loja ficou toda comprometida e parte dela desabou. Na hora que parte do teto caiu e que os vidros das vitrines se quebraram, cerca de dez funcionários estavam na loja. Ninguém se feriu.

A vendedora Marta Bandeira contou que o barulho foi muito alto e o desabamento ocorreu rápido.

“Só deu tempo de sair correndo para não ser atingido, ficou todo mundo assustado”, disse a vendedora.

Na manhã de ontem, homens trabalhavam no local, retirando os ferros retorcidos que faziam parte da estrutura de cobertura da empresa. O dono da loja não foi encontrado pela reportagem para informar oi valor do prejuízo, mas um funcionário da empresa contratada para fazer a reforma no local disse que o valor da obra seria alto.

Mesmo com a parte da frente da loja em reforma, a vendedora contou que a empresa continuará atendendo os clientes no galpão, localizado no mesmo endereço.
Na periferia da capital, funcionários da Eletroacre trocavam a fiação elétrica que ficou comprometida após a chuva.
Texto: Nayanne Santana
Fotos: Debora Mangrich

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