Amo meu Estado, mas reconheço as limitações dele.
O Acre é uma terra muito boa e o povo acreano (seja de nascimento ou de coração) é bem acolhedor. Mas viver aqui requer certo jogo de cintura para lidar com o tédio.
Vivo num Estado muito carente de opções culturais para os finais de semana. A dica aqui é sempre ter um bom filme ou livro para degustar aos finais de semana.
Não temos sequer uma sala de cinema decente com opções atualizadas de filmes em cartaz.
Não há uma casa de shows onde possamos ouvir e ver um bom show, sentados como pessoas civilizadas.
Os shows no Acre acontecem ainda em ginásios, estacionamentos de estádios. Nos aglomeramos num empurra-empurra insuportável e nada parece que funciona bem. Para piorar pagamos caro por uma sucessão de desconfortos.
Antes, tínhamos pelo menos os cafés como o Café do Theatro, que fechou as portas e até hoje eu não sei por quê.
Houve um tempo em que o Acre, principalmente Rio Branco, era mais cultural.
Eu era criança, mas me lembro do Casarão e dos almoços agradáveis que eu tive lá com a minha mãe. Lembro que o Kaxinawá também era um ambiente bem bacana.
Não sei como o governador do Estado, Arnóbio Marques, não se envergonha de anunciar que o Acre seria o melhor lugar da Amazônia para se viver em 2010.
Digo ao senhor governador que é fácil viver no Acre se o cidadão tem dinheiro suficiente para pegar um avião ou helicóptero e seguir para o Estado mais próximo para passar um final de semana ou feriado. Assim, fica muito fácil.
O Acre precisa evoluir muito em vários setores para que aqui, seja de fato, um bom lugar para viver e criar filhos.
Nos falta segurança, saúde de qualidade e acesso a cultura.
Talvez, a idéia de Binho seja nos deixar diante de computadores (com o Floresta Digital – que não funciona) e vivendo de uma ideologia furada e barata.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Que país é esse?
Lá vou eu arrumar confusão com aqueles que são ativistas dos Direitos Humanos, mas não posso ficar impassível ao ler a notícia que republico logo abaixo.
Depois de ler isso me lembrei da música de Renato Russo: Que país é esse?
Em algumas gravações você ouve Renato perguntar: Que país é esse? E a platéia responde: É a porr# do Brasil. - Com o perdão do palavrão aqui publicado, é isso que eu respondo agora.
Colocar em liberdade o assassino de João Hélio é pisar no choque que o fato causou na sociedade brasileira. Trata-se de um desrespeito, uma afronta aos direitos que os cidadãos de bem têm.
Até quando vamos ter que suportar absurdos como esse? Em nosso país impera a hipocresia e a impunidade.
Brasil, terra de ninguém e terra sem lei?
Texto de Maria Mazzei, publicado no Jornal O Dia que eu extraí do Blog Brasil, um país de tolos
Revolta com a libertação de um assassino
A decisão da Justiça de colocar em liberdade e sob proteção do governo federal um dos assassinos do menino João Hélio revoltou parentes e a defesa do menino. Segundo o advogado que representa a família de João Hélio, Gilberto Pereira da Fonseca, os pais do menino que morreu aos 6 anos de idade estão inconformados. “Não há nada que possa ser feito. A decisão não é passível de recurso. Ela agride a todos, mas é a lei. A lei no Brasil é um incentivo à criminalidade”, disse o advogado.
Ezequiel Toledo Lima, 19 anos, como O DIA publicou ontem, voltou às ruas no dia 10 e foi incluído no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), do governo federal, porque estaria recebendo ameaças de morte e poderá ser levado para fora do País. Ezequiel cumpriu três anos de medida socioeducativa no Instituto João Luiz Alves, na Ilha.
O menino João Hélio foi arrastado por sete quilômetros em ruas da Zona Norte, em 2007, no assalto do qual o jovem participou quando era menor de idade. “Ele (Ezequiel) cumpriu o tempo máximo. Tenho que cumprir o que a lei determina. A discussão disso não passa pelo Poder Judiciário, mas pela Casa Legislativa ”, disse o juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, Marcius da Costa Ferreira, que também determinou a inclusão da família de Ezequiel no PPCAAM, coordenado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos do governo federal.
Nos próximos dez dias, o destino da família de Ezequiel deverá ser decidido pela Justiça. Todos receberão outras identidades e condições para iniciar uma nova vida, que deverá ser em outro estado ou até em outro país. Nesse período, Ezequiel será acompanhando por profissionais da organização não-governamental Projeto Legal, que trabalha em parceria com o PPCAAM.
“Temos elementos suficientes que provam que ele correria risco de morte ao ser solto. Enquanto estava preso, ficava isolado dos outros internos. Depois de liberado, não podíamos lavar as mãos”, explicou o coordenador da ONG, o advogado Carlos Nicodemos. Avaliação do rapaz será feita por duas equipes formadas por advogados, assistentes sociais e psicólogos. Uma equipe é do Rio e a outra, de Brasília.
Depois de ler isso me lembrei da música de Renato Russo: Que país é esse?
Em algumas gravações você ouve Renato perguntar: Que país é esse? E a platéia responde: É a porr# do Brasil. - Com o perdão do palavrão aqui publicado, é isso que eu respondo agora.
Colocar em liberdade o assassino de João Hélio é pisar no choque que o fato causou na sociedade brasileira. Trata-se de um desrespeito, uma afronta aos direitos que os cidadãos de bem têm.
Até quando vamos ter que suportar absurdos como esse? Em nosso país impera a hipocresia e a impunidade.
Brasil, terra de ninguém e terra sem lei?
Texto de Maria Mazzei, publicado no Jornal O Dia que eu extraí do Blog Brasil, um país de tolos
Revolta com a libertação de um assassino
A decisão da Justiça de colocar em liberdade e sob proteção do governo federal um dos assassinos do menino João Hélio revoltou parentes e a defesa do menino. Segundo o advogado que representa a família de João Hélio, Gilberto Pereira da Fonseca, os pais do menino que morreu aos 6 anos de idade estão inconformados. “Não há nada que possa ser feito. A decisão não é passível de recurso. Ela agride a todos, mas é a lei. A lei no Brasil é um incentivo à criminalidade”, disse o advogado.
Ezequiel Toledo Lima, 19 anos, como O DIA publicou ontem, voltou às ruas no dia 10 e foi incluído no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), do governo federal, porque estaria recebendo ameaças de morte e poderá ser levado para fora do País. Ezequiel cumpriu três anos de medida socioeducativa no Instituto João Luiz Alves, na Ilha.
O menino João Hélio foi arrastado por sete quilômetros em ruas da Zona Norte, em 2007, no assalto do qual o jovem participou quando era menor de idade. “Ele (Ezequiel) cumpriu o tempo máximo. Tenho que cumprir o que a lei determina. A discussão disso não passa pelo Poder Judiciário, mas pela Casa Legislativa ”, disse o juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, Marcius da Costa Ferreira, que também determinou a inclusão da família de Ezequiel no PPCAAM, coordenado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos do governo federal.
Nos próximos dez dias, o destino da família de Ezequiel deverá ser decidido pela Justiça. Todos receberão outras identidades e condições para iniciar uma nova vida, que deverá ser em outro estado ou até em outro país. Nesse período, Ezequiel será acompanhando por profissionais da organização não-governamental Projeto Legal, que trabalha em parceria com o PPCAAM.
“Temos elementos suficientes que provam que ele correria risco de morte ao ser solto. Enquanto estava preso, ficava isolado dos outros internos. Depois de liberado, não podíamos lavar as mãos”, explicou o coordenador da ONG, o advogado Carlos Nicodemos. Avaliação do rapaz será feita por duas equipes formadas por advogados, assistentes sociais e psicólogos. Uma equipe é do Rio e a outra, de Brasília.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
O alimento da alma
Meu post de hoje surgiu de uma maneira inusitada. Como estou sem a fonte do meu notebook e a bateria dele acabou há dias o post foi redigido num bloco de anotações que estava largado lá pelo meu quarto e “surgiu” diante de mim quando bateu aquela vontade de escrever – algo que chamo de inspiração -.
Nesta postagem decidi falar sobre as mudanças que aos poucos estou determinado para a minha vida pacata.
Creio que esse desejo surgiu aos poucos, motivado por conselhos que recebi de pessoas que eu tenho muito apreço e carinho. Lidar com outras realidades também foi fundamental para que esse desejo surgisse.
Há dias me vi com uma vontade gritante de voltar a estudar e deixar um pouco de lado meu vício por internet. Não acho que televisão e internet são mídias que “emburrecem”, mas sei que se nos acomodamos corremos um sério risco e eu notei que este não é meu propósito.
Notei que fazia certo tempo que não mexia na pilha de livros que estão na minha estante a espera da minha leitura. Contei pelo menos uns oito títulos que fui presenteada e não li. No máximo passei os olhos pela capa e por algumas páginas.
A situação me incomodou e decidi que estava na hora de voltar aos velhos e bons hábitos de antes: ler e estudar.
Comecei a ler de fato o livro que é autobiografia de Samuel Wainer – presente dado pelo amigo Archibaldo Antunes -. Uma leitura fascinante e envolvente.
O amigo e jornalista Archibaldo foi muito feliz ao me presentear com esse livro e acho que ele e nem as outras pessoas que eu tenho profundo respeito poderiam imaginar o quanto seria benéfico para esta jovem jornalista ter ouvido bons conselhos.
Tudo isso reascendeu a minha vontade de voltar ao mundo dos pensamentos construtivos e estudos.
Pouco depois me lembrei de uma entrevista do jornalista William Bonner no programa da também jornalista Marília Gabriela.
Na ocasião Bonner aconselhou os acadêmicos e jovens jornalistas a sempre buscarem conhecimentos, principalmente sobre história, língua pátria e afirmou que é importante ter sede por conhecimento.
Depois de tudo isso não precisava de mais nada a não ser voltar a ler como fazia antes e tratar logo de reduzir a lista de livros em atraso.
Aos poucos quero retomar bons hábitos: a leitura, que acredito ser um dos alimentos da alma, é um desses hábitos.
Nesta postagem decidi falar sobre as mudanças que aos poucos estou determinado para a minha vida pacata.
Creio que esse desejo surgiu aos poucos, motivado por conselhos que recebi de pessoas que eu tenho muito apreço e carinho. Lidar com outras realidades também foi fundamental para que esse desejo surgisse.
Há dias me vi com uma vontade gritante de voltar a estudar e deixar um pouco de lado meu vício por internet. Não acho que televisão e internet são mídias que “emburrecem”, mas sei que se nos acomodamos corremos um sério risco e eu notei que este não é meu propósito.
Notei que fazia certo tempo que não mexia na pilha de livros que estão na minha estante a espera da minha leitura. Contei pelo menos uns oito títulos que fui presenteada e não li. No máximo passei os olhos pela capa e por algumas páginas.
A situação me incomodou e decidi que estava na hora de voltar aos velhos e bons hábitos de antes: ler e estudar.
Comecei a ler de fato o livro que é autobiografia de Samuel Wainer – presente dado pelo amigo Archibaldo Antunes -. Uma leitura fascinante e envolvente.
O amigo e jornalista Archibaldo foi muito feliz ao me presentear com esse livro e acho que ele e nem as outras pessoas que eu tenho profundo respeito poderiam imaginar o quanto seria benéfico para esta jovem jornalista ter ouvido bons conselhos.
Tudo isso reascendeu a minha vontade de voltar ao mundo dos pensamentos construtivos e estudos.
Pouco depois me lembrei de uma entrevista do jornalista William Bonner no programa da também jornalista Marília Gabriela.
Na ocasião Bonner aconselhou os acadêmicos e jovens jornalistas a sempre buscarem conhecimentos, principalmente sobre história, língua pátria e afirmou que é importante ter sede por conhecimento.
Depois de tudo isso não precisava de mais nada a não ser voltar a ler como fazia antes e tratar logo de reduzir a lista de livros em atraso.
Aos poucos quero retomar bons hábitos: a leitura, que acredito ser um dos alimentos da alma, é um desses hábitos.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Enfim, 2010!
Depois de longa temporada de férias, estou de volta. Se isso é bom ou ruim, só Deus sabe!
No período de férias conheci lugares incríveis, revi amigos, conheci pessoas com histórias muito bacanas e tive certeza do quanto Deus caprichou nas belezas naturais deste país.
Enfim, mas as férias terminaram e eu estou de volta ao trabalho.
Dizem que o ano começa quando termina o Carnaval. Então, mãos a obra senhores!
Esse promete ser um ano quente em ambos os sentidos: muito calor e muita baixaria deve vir por aí, afinal, temos eleições para presidente, governador, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
O Acre é um Estado ótimo para esse tipo de eleições. Aqui os jornalistas falam sobre situação nas entrelinhas,a oposição não se acerta e uns queimam aos outros, faltam bons argumentos para convencer o eleitor e ainda veremos na propaganda eleitoral gratuita: Obrigado por receber na sua casa ou Desculpe por invadir a sua casa...Cenário bom.
Contudo, antes das eleições teremos Copa do Mundo e aquela expectativa de “A taça é nossa”.
Desde pequena essa é a única época em que eu me importo com futebol e assisto a todos os jogos do Brasil, todos mesmo.
Acho engraçado porque é uma época em que todos ficam mais patrióticos e um tanto abobalhados. Falam com meio mundo, mesmo sem conhecer. Os bêbados são as melhores figuras, as crianças se divertem com a leveza dos adultos. Nessa época até aquela tia mala consegue sorrir e ser menos implicante.
Ah, não posso esquecer-me das vestimentas. Tudo muito atípico. Muito verde e amarelo e a dica é: quanto mais chamativo, melhor!
Bom, em ano com tantas atividades pode-se dizer que 2010 nem começou e já, já termina. Portanto, o que nos resta é aproveitar, nos divertir com o que vier e não custa nada fazer aquela mandinga (rs) para o Brasil emplacar mais um título mundial e claro, que os eleitores tentem votar num candidato que possa realmente nos representar com dignidade.
No período de férias conheci lugares incríveis, revi amigos, conheci pessoas com histórias muito bacanas e tive certeza do quanto Deus caprichou nas belezas naturais deste país.
Enfim, mas as férias terminaram e eu estou de volta ao trabalho.
Dizem que o ano começa quando termina o Carnaval. Então, mãos a obra senhores!
Esse promete ser um ano quente em ambos os sentidos: muito calor e muita baixaria deve vir por aí, afinal, temos eleições para presidente, governador, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
O Acre é um Estado ótimo para esse tipo de eleições. Aqui os jornalistas falam sobre situação nas entrelinhas,a oposição não se acerta e uns queimam aos outros, faltam bons argumentos para convencer o eleitor e ainda veremos na propaganda eleitoral gratuita: Obrigado por receber na sua casa ou Desculpe por invadir a sua casa...Cenário bom.
Contudo, antes das eleições teremos Copa do Mundo e aquela expectativa de “A taça é nossa”.
Desde pequena essa é a única época em que eu me importo com futebol e assisto a todos os jogos do Brasil, todos mesmo.
Acho engraçado porque é uma época em que todos ficam mais patrióticos e um tanto abobalhados. Falam com meio mundo, mesmo sem conhecer. Os bêbados são as melhores figuras, as crianças se divertem com a leveza dos adultos. Nessa época até aquela tia mala consegue sorrir e ser menos implicante.
Ah, não posso esquecer-me das vestimentas. Tudo muito atípico. Muito verde e amarelo e a dica é: quanto mais chamativo, melhor!
Bom, em ano com tantas atividades pode-se dizer que 2010 nem começou e já, já termina. Portanto, o que nos resta é aproveitar, nos divertir com o que vier e não custa nada fazer aquela mandinga (rs) para o Brasil emplacar mais um título mundial e claro, que os eleitores tentem votar num candidato que possa realmente nos representar com dignidade.
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