Um dia ousei dizer que não me apaixonaria, mas não contava que conheceria alguém que me fizesse querer tomar outra dose desse sentimento.
Tentei convencê-lo que era desnecessário amar, porém fiz descobertas importantes.
Eu disse “Me traga os bons sentimentos do amor. Só quero a cereja desse bolo”. Talvez, tenha sido mais que um pedido e sim uma ordem.
Ele me respondeu com extrema firmeza: “Não há como trazer apenas o bom dele (amor). Os sentimentos bons do amor não se largam dos sentimentos adversos. Aqueles sentimentos que nos tornam tão humanos”.
Dias depois eu entendi a justificativa estranha que ele me deu.
No dia a dia fui aprendendo. O amor é aquilo que inclui a rotina, a saudade, as brigas bobas, o ciúme. Mas o amor inclui também os sentimentos mais prazerosos: o êxtase, o ápice e aquela sensação de não sentir nada depois de minutos intensos numa relação íntima e extasiante, mas esse “não sentir nada” é algo maravilhoso.
Não há como separar o amor de seus dissabores, mas são eles que o tornam tão extraordinário. Que o torna digno de adjetivos um pouco infantis. Adjetivos que são tão descritivos que chegam a ser explícitos.
Ah, e não me diga que não vale à pena se apaixonar por medo de se machucar. As coisas mais importantes que aprendemos na vida nos deram alguma queda.
Prova disso? Tá, quem nunca caiu da bicicleta sem rodinhas e depois aprendeu que se fizer de outro modo não caí?!
Do mesmo jeito é a estranha arte de amar. Às vezes nós caímos, nos machucamos, choramos e até sangramos, mas não quer dizer que por isso vamos deixar de tentar e tentar com aquela força de vontade típica de criança ao levantar e seguir adiante com a enorme vontade de conseguir.
Aprendi que os sabores e dissabores fazem parte. Se há reações adversas basta saber a dosagem que vamos manipular.
Portanto, amo sem moderação!
Nota: Nunca escrevi um texto nesse estilo, por isso, não precisa dar muita "moral" para as palavras acima.
E, antes que alguém diga algo: É apenas um texto que surgiu, que eu arrisquei deixar ultrapassar os meus arquivos do Word, as linhas do meu pensamento e sabe Deus porque quis publicar.
Esse texto tem o mérito que só os bons escritos têm: exaltar os detalhes que não notamos no cotidiano, mas sabemos que existem. Parabéns, mujer.
ResponderExcluirNanny,
ResponderExcluirVocê conseguiu descrever sentimentos e isso é tão raro.
Você descreveu com riqueza de detalhes que como o Helder disse: "Detalhes que não notamos no cotidiano"
amar sem moderação. adorei!!
Nem precisava explicar. Entendi mto bem. Que bom que decidiu sair da rotina. Bm.
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