domingo, 28 de março de 2010

Portanto, amo sem moderação!

Um dia ousei dizer que não me apaixonaria, mas não contava que conheceria alguém que me fizesse querer tomar outra dose desse sentimento.

Tentei convencê-lo que era desnecessário amar, porém fiz descobertas importantes.
Eu disse “Me traga os bons sentimentos do amor. Só quero a cereja desse bolo”. Talvez, tenha sido mais que um pedido e sim uma ordem.

Ele me respondeu com extrema firmeza: “Não há como trazer apenas o bom dele (amor). Os sentimentos bons do amor não se largam dos sentimentos adversos. Aqueles sentimentos que nos tornam tão humanos”.

Dias depois eu entendi a justificativa estranha que ele me deu.

No dia a dia fui aprendendo. O amor é aquilo que inclui a rotina, a saudade, as brigas bobas, o ciúme. Mas o amor inclui também os sentimentos mais prazerosos: o êxtase, o ápice e aquela sensação de não sentir nada depois de minutos intensos numa relação íntima e extasiante, mas esse “não sentir nada” é algo maravilhoso.

Não há como separar o amor de seus dissabores, mas são eles que o tornam tão extraordinário. Que o torna digno de adjetivos um pouco infantis. Adjetivos que são tão descritivos que chegam a ser explícitos.

Ah, e não me diga que não vale à pena se apaixonar por medo de se machucar. As coisas mais importantes que aprendemos na vida nos deram alguma queda.

Prova disso? Tá, quem nunca caiu da bicicleta sem rodinhas e depois aprendeu que se fizer de outro modo não caí?!

Do mesmo jeito é a estranha arte de amar. Às vezes nós caímos, nos machucamos, choramos e até sangramos, mas não quer dizer que por isso vamos deixar de tentar e tentar com aquela força de vontade típica de criança ao levantar e seguir adiante com a enorme vontade de conseguir.

Aprendi que os sabores e dissabores fazem parte. Se há reações adversas basta saber a dosagem que vamos manipular.
Portanto, amo sem moderação!

Nota: Nunca escrevi um texto nesse estilo, por isso, não precisa dar muita "moral" para as palavras acima.
E, antes que alguém diga algo: É apenas um texto que surgiu, que eu arrisquei deixar ultrapassar os meus arquivos do Word, as linhas do meu pensamento e sabe Deus porque quis publicar.

3 comentários:

  1. Esse texto tem o mérito que só os bons escritos têm: exaltar os detalhes que não notamos no cotidiano, mas sabemos que existem. Parabéns, mujer.

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  2. Nanny,
    Você conseguiu descrever sentimentos e isso é tão raro.
    Você descreveu com riqueza de detalhes que como o Helder disse: "Detalhes que não notamos no cotidiano"
    amar sem moderação. adorei!!

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  3. Nem precisava explicar. Entendi mto bem. Que bom que decidiu sair da rotina. Bm.

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