Nayanne Santana
Após dez anos da vinda ao Acre da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico, que investigou crimes atribuídos ao esquadrão da morte e que levou à prisão do ex-deputado Hildebrando Pascoal, nesta segunda-feira, dia 21, às 8 horas, o homem que ficou conhecido pelo crime da motosserra, chamado também de caso Baiano, sentará no banco dos réus. Estima-se que esse seja o último capítulo de uma história que se iniciou há mais de uma década.
Além de Hildebrando Pascoal, sentam-se no banco dos réus Pedro Pascoal Duarte Pinheiro Neto, Alex Fernandes Barros e Adão Libório de Albuquerque, que seriam cúmplices do ex-deputado e membros do esquadrão da morte. Os três serão julgados pela morte de Agílson Firmino dos Santos, o Baiano.
O início
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Acre (MPE), os crimes atribuídos ao esquadrão da morte iniciaram-se em 1996, quando o policial militar Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando Pascoal, foi assassinado por José Hugo.
No inquérito do MPE, consta que, após assassinar Itamar Pascoal, Hugo fugiu da capital por temer ser assassinado. Diz o inquérito que José Hugo foi à residência onde morava e pegou a esposa, Clerismar Alves, e os dois filhos, Hávila Santos e Arelc Santos, para levá-los para uma fazenda distante de Rio Branco.
Segundo o MPE, após deixar a esposa e os filhos em uma propriedade rural, o assassino de Itamar teria fugido da capital acriana.
O Ministério Público informa no inquérito que os homens ligados ao esquadrão encontraram a esposa e os filhos de José Hugo. Os três foram levados por Alex, por Manoel Maria, o Coroinha, e por Nei para uma propriedade de Alípio Ferreira. No local, a esposa de Hugo teria sido interrogada por Alex para saber onde José Hugo escondia-se.
De acordo com o documento, os três reféns teriam sido levados para a residência de Hildebrando Pascoal e permaneceram no local, em cárcere privado.
Ainda em 1996, Hugo foi assassinado no Piauí. O MPE informa que foram espalhados cartazes pela cidade de Rio Branco, oferecendo recompensa de R$ 50 mil a quem informasse onde estava José Hugo.
A morte de Baiano
Segundo o inquérito do MPE, após a morte de Itamar Pascoal, instalou-se no Acre a lei de talião, que diz que seria a reciprocidade do crime e da pena.
Para o Ministério Público, Agílson Firmino, o Baiano foi um inocente que morreu como vítima de um grupo. Baiano era o motorista de José Hugo quando Itamar foi assassinado. Para o Ministério Público, a morte de Baiano foi por motivo torpe e se deu por vingança.
O inquérito narra que a caça a Baiano iniciou-se entre os dias 1º e 2 de julho de 1996, quando uma equipe de busca, liderada por Alex, prendeu ilegalmente Agílson Firmino em um posto de gasolina de Sena Madureira. Segundo inquérito, Alex entregou Baiano a Hildebrando Pascoal, que naquele momento teria iniciado a tortura de Baiano.
De acordo com o MPE, Hildebrando conduziu Baiano a um galpão propriedade de Alípio Ferreira, onde, por várias horas, Agílson, sob a vigilância de policiais militares, permaneceu com mãos e pés algemados.
Após ser mantido em cativeiro por várias horas, Baiano foi levado por Adão Libório, por Sete Pascoal, por Amaraldo Uchôa e por Pedro Pascoal ao local onde o MPE afirma que foram cometidos os atos de tortura e que culminaram com assassinato de Agílson Firmino.
“O homicídio foi praticado com requintes de crueldade mediante provocação de intenso sofrimento físico à vítima, que, ainda viva, teve seus olhos perfurados, seus braços, pernas e pênis amputados com a utilização de uma motosserra, além de um prego cravado na sua testa, culminando com atos de tortura com vários disparos de arma de fogo desferidos por Hildebrando Pascoal contra a cabeça da vítima”, descreve o inquérito.
O inquérito segue dizendo que, depois que Baiano estava mutilado e morto, o que restou do corpo foi jogado em frente a uma emissora local por Hildebrando Pascoal e por Adão Libório. Isso seria para intimidar as autoridades que atuavam no Acre naquela época.
Defesa questiona acusações
O advogado criminalista Sanderson Moura, que atuará na defesa de Hildebrando Pascoal, vem ao longo dos últimos dias afirmando que o MPE tem um inquérito que acusa o ex-deputado de ter envolvimento direto no assassinato de Agílson Firmino, mas Sanderson ressalta que não há provas concretas sobre a acusação.
Em 1999, Waltermir Gonçalves de Oliveira, o Palito, informou durante a vinda da CPI do Narcotráfico ao Acre que teria uma fita de vídeo onde aparecia Hildebrando Pascoal torturando e serrando o corpo de Baiano. Contudo, Sanderson lembra que essa fita nunca apareceu para provar o que Palito alegava ser a prova do crime da motosserra.
O jornal Folha de São Paulo noticiou em 1999 que Palito afirmava ter comprado a fita de um presidiário que teria roubado cinco fitas de um sargento da Polícia Militar do Acre ligado ao ex-deputado Hildebrando.
Sanderson afirma que espera que Hildebrando tenha um julgamento justo. Essa será a primeira vez que o ex-deputado se pronunciará sobre um crime de que é acusado há mais de 10 anos.
queremos vingança,alex vc vai ter o que merece que deus te perdoe,vc nao sabe o que fez,foi conplici só para ganhar nome homem olhe que tudo que vem facio vai facio sera que só vc sentindo a mesma dor que o baiano sentio que vc vai tomar vergonha na cara?reflita no que te falei pois nao tenho medo nem raiva de vc só tenho pena,e nunca faça isso porque isso pode acontecer com um ou uma filha sua e isso serve para todos vcs que estao envolvidos nesse crime,alex cuidado para que nao descubram os seus outros (CRIMES)te cuida que a justiça de deus nao falha.
ResponderExcluirquero JUSTIÇA também....uns bandidos
ResponderExcluirdesses não podem ficar impune
essa historia é muito triste sei pq passei
faço parte dessa historia
e quero justiça sim
esse alex e o hildebrando são os piores
eu sei bem o que passei
pois eu sim, tenhu raiva muita raiva de vcs
e todo sofrimento pra vcs é pouco.